Governos do PSDB implementam medidas de incentivo à indústria

Fundamental no processo de recuperação da economia brasileira, a retomada da produção industrial ainda acontece de maneira tímida no país. Em janeiro deste ano, após uma alta de 1,4% na comparação com mês anterior, o indicador apresentou o primeiro crescimento após 34 meses seguidos de queda nesse tipo de comparação. A herança de desindustrialização deixada pelos governos petistas, no entanto, ainda impede que a produção industrial apresente resultados satisfatórios.
Nesse cenário, diversas gestões do PSDB nos estados e municípios têm se destacado com ações de desenvolvimento de suas indústrias, com impacto direto no crescimento da economia local. É o caso, por exemplo, do Paraná Competitivo, criado em 2011 pela gestão do tucano Beto Richa no estado. Reconhecido como um dos melhores programas de incentivo para a atração de investidores de todo o mundo pelo jornal britânico Financial Times, o projeto já soma R$ 42 bilhões em investimentos. Inicialmente voltado apenas para os projetos industriais, o programa foi ampliado recentemente e agora contempla também incentivos para empresas do varejo, e-commerce e atacadista.
Goiás também vem sendo um exemplo do desempenho positivo das administrações tucanas em relação à produção industrial. Com as medidas de estímulo implementadas pelo governo de Marconi Perillo – com destaque para o programa de incentivos fiscais concedidos ao setor e para as missões internacionais do tucano em busca de novos investimentos -, o estado foi líder no crescimento industrial entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017, com uma expansão de 3,7% no setor, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No primeiro trimestre deste ano, a alta já é de 4,9%, a terceira maior do Brasil.
O economista e deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) ressaltou a importância da indústria na volta do crescimento do Brasil. Para o tucano, o setor foi totalmente abandonado durante o governo do PT. “O Brasil precisa ter seu parque industrial recuperado, ele foi desmantelado. Hoje a capacidade ociosa do parque industrial brasileiro é gigantesca em função de um processo de desindustrialização provocado pelo governo do PT, tanto por Dilma como por Lula”, salientou Hauly, apontando ainda o papel das reformas no caminho rumo à retomada da economia.
“Nós precisamos de uma ação mais energética, por isso precisamos aprovar as reformas no país. A reforma do Estado, a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e a mãe das reformas, que é a tributária”, acrescentou o parlamentar.
São Paulo
Outro estado governado por um tucano com ações de incentivo à industrialização é São Paulo. No final do ano passado, o governador Geraldo Alckmin anunciou medidas econômicas e tributárias de incentivo à indústria. Entre elas está o aumento do limite de faturamento anual das empresas no Fundo de Aval do Estado de R$ 3,6 milhões para R$ 16 milhões, cujo objetivo é facilitar o acesso ao crédito. O tucano ainda assinou uma série de decretos que desoneraram setores produtivos, reduzindo assim os custos operacionais das indústrias de bens de capital, automobilística, do agronegócio e de reciclagem.
Já no Mato Grosso do Sul, o destaque do setor é o projeto de revitalização do Núcleo Industrial do Indubrasil, em Campo Grande, iniciado em março. Os recursos para as obras são garantidos pelo Fundo de Apoio à Industrialização, que é gerenciado pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do estado, governado pelo tucano Reinaldo Azambuja. Recentemente, a gestão do tucano também firmou um protocolo de intenções com o governo do Paraguai para estimular a instalação de indústrias na região de fronteira entre os dois países.
Luiz Carlos Hauly celebrou a iniciativa dos governos tucanos espalhados pelo país na busca pela retomada da atividade industrial. O deputado alertou, contudo, que a volta do crescimento econômico em todo o país é vital para que esse tipo de ação tenha efeitos duradouros. “Se a economia nacional não reagir, não adianta o esforço de um estado ou de um município. Tem que ser uma força de energia nacional, senão a economia não consegue avançar”, finalizou.