Inflação oficial é a menor para março desde 2009
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), voltou a desacelerar este mês, passando de 0,54% para 0,15%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o levantamento nesta quarta-feira (22). Segundo a instituição, essa foi a menor taxa para um mês de março desde 2009 (0,11%). Se levarmos em consideração os resultados por mês, foi a menor taxa desde agosto de 2014, com o IPCA-15 em 0,14%.
Os gastos com a educação no mês de março foram os responsáveis pela queda do índice inflacionário. Neste mês, a taxa foi de 0,87%, a mais elevada entre os grupos.
O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO) comemorou o dado positivo e explicou que a inflação é condicionada a diversos fatores no cotidiano de um país. Para ele, as reformas implantadas pelo presidente Michel Temer estão contribuindo para a reversão da crise.
“As expectativas econômicas são pontos que colaboram para a queda da inflação e são ancoradas nas reformas, quer seja a do teto, quer seja a tributaria, a da previdência, a trabalhista, a terceirização. Tudo isso sinaliza para a sociedade e para os agentes econômicos que está acontecendo uma reversão da expectativa”, disse.
O tucano destaca os benefícios que a queda inflacionária traz para o Brasil. “Quando a inflação cai, cai a taxa de juros, caindo os juros aumenta a possibilidade de crédito, que por sua vez aumenta os investimentos. Com maiores investimentos, aumenta a geração de empregos e isso tem um efeito multiplicador positivo na nossa economia”, declarou.
O parlamentar disse estar esperançoso de que os bons resultados continuem aparecendo. “Eu espero que esse dado positivo que o IBGE colocou, que alcançamos a melhor inflação dos últimos tempos, possa surtir efeito a longo prazo. É preciso trabalhar mais para retomar o crescimento da economia porque isso reflete diretamente na qualidade de vida do cidadão brasileiro”, concluiu.
Os analistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação para este ano, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,19% para 4,15%. Diante disto, o mercado estimou que a inflação ficará abaixo da meta central de inflação deste ano, fixada em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009
No índice inflacionário deste mês, o setor alimentício teve queda com variação de -0,08%, devido ao recuo dos preços de fevereiro para março, com destaque para o feijão-carioca (-10,36%), feijão-preto (-8,27%), frango inteiro (-2,39%) e carnes (-1,31%).
Devido ao recuo nos preços dos combustíveis (-1,34%), o grupo dos transportes também apresentou queda de 0,16%. As passagens aéreas também caíram 9,71%.
