Substituto do PAC, “Avançar” deve investir R$ 59 bi no país

Notícias - 10/05/2017

Dando prosseguimento à construção de uma agenda positiva para o país, o governo federal está prestes a lançar o “Avançar”, um plano de investimento que substituirá o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) dos governos Lula e Dilma Rousseff. Segundo informações do jornal Valor Econômico, serão investidos R$ 59 bilhões no programa. Desse total, quase R$ 23 bilhões devem ser destinados à área de transportes, na construção de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Outros setores, como habitação, saneamento básico e mobilidade urbana, devem receber um aporte de, aproximadamente, R$ 16 bilhões. O objetivo é que todas as obras sejam entregues, ainda que parcialmente, até dezembro de 2018. Uma das expectativas é o avanço do eixo norte da transposição do Rio São Francisco. O deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG) comemora a iniciativa, e acredita que o plano tem potencial para executar as promessas não cumpridas pelo PAC ao longo dos últimos anos.

“O governo federal lança o programa ‘Avançar’, que propõe efetivamente levar as obras e realizações até o final, dando ênfase às obras de infraestrutura e transporte, é realmente muito bem vindo ao país. Nós temos aí uma gama muito grande de obras paradas que precisam ser retomadas. Eu cito o exemplo, em Minas Gerais, da BR 281, o anel rodoviário de Belo Horizonte, que já foram prometidas diversas vezes no PAC e que ainda não saíram do papel, ou estão muito devagar. Assim acontece em todo o Brasil”, disse Castro.

Os investimentos do “Avançar” visam também as áreas de saúde, educação, recursos hídricos, cultura, turismo e esporte, que vão receber subsídios em torno de R$ 7,4 bilhões. Mais de R$ 13 bilhões serão destinados para a Defesa. Assessores consultados pelo Valor Econômico informaram que os recursos utilizados serão exclusivamente públicos, e devem ficar livres de eventuais contingenciamentos. Além disso, o governo vai se comprometer com a transparência, sem inflar os resultados com desembolsos feitos pela iniciativa privada, estatais, e créditos de bancos públicos, a exemplo do que foi feito nos governos do PT. Rodrigo de Castro lembra que, durante anos, o PAC foi usado como estratégia de marketing, e não atendeu às reais necessidades do país.

“Nós tivemos um problema sério com relação ao PAC que, em certo momento, virou muito mais um programa de marketing do que um plano de infraestrutura para o país. Então nós tivemos diversas obras e realizações com o carimbo do PAC que ou não saíam do papel ou que, se saíam, era de forma incompleta”, apontou.

Ministros já receberam orientações sobre como contribuir para o sucesso do programa. Para isso, os ministérios não devem incluir no plano empreendimentos que não possam ser concluídos até 2018.

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10/05/2017