Colnago diz que Vargas se licencia porque “sentiu o peso” das denúncias

Acompanhe - 07/04/2014

dilma-andre-vargasBrasília – O deputado federal César Colnago (PSDB-ES) afirmou que o pedido de licença de 60 dias do primeiro-vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR) , reforça a gravidade das acusações e demonstra que o petista “sentiu o peso” das denúncias. “Acredito que ele [Vargas] entendeu a gravidade das acusações. Estamos falando de informações sérias, de ligações com um doleiro preso pela Polícia Federal e de um esquema de corrupção dentro do Estado brasileiro”, disse.

Colnago destacou que espera o aprofundamento e a intensificação das investigações, mesmo com o pedido de licença de Vargas. “A Mesa Diretora da Câmara precisa agir e utilizar todos os seus recursos na busca de explicações para o caso”, ressaltou ele.

Oposição

Para o tucano, os partidos que fazem oposição ao governo federal devem manter o assunto em pauta e realizar uma constante mobilização para evitar que as denúncias sobre Vargas sejam esquecidas.

“Temos que, diariamente, denunciar e exigir explicações. Além disso, precisamos utilizar todos os mecanismos de que dispomos dentro da democracia – por exemplo, entrar com ações e representações no Poder Judiciário ou no Ministério Público. O que não podemos é deixar essas pesadas acusações serem deixadas de lado, como quer o governo”, disse.

Acusações

Vargas é acusado de atuar, em Brasília, a favor do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro. Na semana passada, a imprensa revelou que o petista viajou em um avião emprestado pelo doleiro – Vargas confirmou a viagem, mas negou saber das atividades ilícitas do doleiro e disse que eles têm uma “relação de 20 anos”.

Denúncias veiculadas no fim de semana pela revista Veja e pela TV Globo dificultaram a situação de Vargas. As reportagens revelaram que conversas do deputado com Youssef foram interceptadas pela PF e, nos diálogos, o petista relata intervenções a favor do doleiro, e Youssef diz que trabalha para assegurar a “independência financeira” de ambos.

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07/04/2014