Taxa de desemprego é menor por causa do número de pessoas que desistem de procurar emprego
O número de brasileiros que não trabalham nem procuram ocupação cresceu em todo o país e, portanto, não entra nas estatísticas oficiais do desemprego. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), se essas pessoas não tivessem desistido de procurar emprego, a taxa de desemprego, atualmente em 11,8%, poderia ser ainda maior.
O levantamento mostra que a taxa de desempregados seria de 12,4% se não houvesse aumentado o contingente de desalentados – classificação dada pelos institutos de pesquisa às pessoas que não estudam e nem trabalham, como revela reportagem publicada nesta terça-feira (20) pelo jornal Estado de S. Paulo.
O deputado federal Caio Narcio (PSDB-MG) atribui o fenômeno à falta de esperança da população na retomada de crescimento do país.
“O governo, dentro do que é possível, tem feito seu dever de casa tentando passar uma segurança financeira e fiscal para o país por meio do controle inflacionário em buscar de tentar estabelecer um ambiente para que o investimento possa voltar a correr no país. Infelizmente, o que se vê é que a reação tem demorado muito mais do que a população espera e, principalmente, que a crise herdada pelo governo do PT é muito maior do que foi noticiada.”
Ainda de acordo com o levantamento, a taxa de desemprego vinha de certa forma sendo contida por causa da migração de trabalhadores demitidos do setor privado para o trabalho por conta própria. No entanto, essa tendência sofreu uma queda no terceiro trimestre, quando houve redução de 1,069 milhão de pessoas nessa condição em relação ao segundo trimestre do ano.
