O fracasso do governo da ex-presidente Dilma Rousseff na área social, consequência direta da série de equívocos cometidos pela petista na economia do país, foi destaque na edição deste domingo (3) do jornal O Estado de S. Paulo. Em texto intitulado “O desastre social na era Dilma”, a publicação destrincha os dados do Atlas da Vulnerabilidade Social, plataforma de indicadores sociais lançada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para mostrar como a gestão de Dilma manipulou indicadores para vender um cenário muito diferente da realidade enfrentada pela população brasileira.
De acordo com o texto, o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) voltou a crescer no país durante o governo da petista, após anos consecutivos de quedas durante a última década. Entre 2000 e 2010, o IVS foi reduzido, na média anual, em 2,7%, o que fez a vulnerabilidade social do Brasil passar de média para muito baixa, segundo os critérios do Ipea.
Já entre 2011 e 2015 – momento em que Dilma comandou o país –, o indicador teve uma redução anual média bem inferior, de 1,75%. De 2014 para 2015, o governo da petista foi responsável pela alta do IVS brasileiro, que passou de 0,243 para 0,248 no período.
Na avaliação do deputado federal Fábio Sousa (PSDB-GO), os números divulgados no Atlas da Vulnerabilidade Social são mais um dado que mostra como o governo de Dilma trouxe enormes prejuízos ao Brasil nas mais distintas áreas. O tucano destaca ainda que a revelação dessas informações ajuda a desmascarar a farsa de que a gestão da petista trouxe avanços ao país nos indicadores sociais.
“Essas informações só comprovam o que a gente já sabia: primeiro, que a Dilma foi um desastre, talvez um dos maiores, senão o maior desastre econômico, social e político que o Brasil já teve. O que construído de um passado recente para cá ela teve a capacidade de destruir em seis anos. E também comprovam o engodo que a gente sabia que eram esses dados”, criticou Sousa.
“Criava-se muita informação que era ficção. Falava-se que estavam investindo milhões quando não havia esse dinheiro para investir. Eram dados criados que agora estão vindo à tona, até porque eles não têm mais o controle da máquina”, acrescentou o parlamentar.
Mercado de trabalho
A reportagem do Estadão ressalta também que a deterioração do mercado de trabalho teve papel determinante no crescimento da vulnerabilidade social brasileira durante a gestão de Dilma Rousseff. Entre 2000 e 2010, o IVS de renda e trabalho registou uma queda 34%, em uma média anual de 3,4%. Com Dilma, entre 2011 e 2015, o índice caiu somente 3,3%, o que resulta em uma média de 0,8% por ano. Entre 2013 e 2015, o indicador teve uma expressiva alta de 10,8%.
Para Fábio Sousa, a recuperação da economia tem papel fundamental para que o país volte e registrar queda nos indicadores de vulnerabilidade social, especialmente os relativos ao mercado de trabalho. Ele ressalta que a geração de vagas de trabalho é essencial nesse processo.
“O presidente americano Ronald Reagan falava que o principal programa social que existe é o emprego. O caminho é esse. Tendo crescimento econômico e geração de emprego, os outros índices são puxados para cima também”, observou o tucano.
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