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Liberdade como luz para o caminho e fim para o desenvolvimento

23 de dezembro de 2013
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wesleydebrito

O economista, e vencedor do Prêmio Nobel, Amartya Sen nos apresenta uma nova e poderosa ideia para que possamos compreender melhor as mudanças sociais e econômicas de uma população, que é a liberdade como luz para o caminho e fim para o desenvolvimento.

 

Sen propõe que o desenvolvimento deve ser estruturado na melhoria das liberdades básicas dos indivíduos e na abolição das principais fontes de limitação, este último termo é utilizado como sinônimo de pobreza, falta de oportunidade, negligência ou qualquer outro elemento que faz com que os indivíduos tenham poucas escolhas ou poucas oportunidades em sua vida.

 

As liberdades propostas, como meios de desenvolvimento pleno de uma população, foram classificadas em cinco componentes

considerados mais essenciais para a liberdade individual, que são:

 

– Liberdades políticas: Permitir ao indivíduo determinar sem medo quem deveria governá-lo, como também os meios de observar e criticar as autoridades, plena liberdade de se expressar sobre a política e uma imprensa sem mordaças.

– Liberdades econômicas: Respeito e não intervenção na forma como as pessoas utilizam seus recursos seja por comprar ou produzir e uma preocupação maior na distribuição de renda.

– Liberdades sociais: Dispositivos eficientes para que as instituições e as sociedades se organizem em favor da educação, saúde,

segurança, etc., pois as três primeiras influenciam de forma direta na liberdade do indivíduo.

– Liberdade de informação: Pois uma sociedade sólida se constrói por meio da confiança, e a transparência no que o governo faz têm um papel evidente no combate a corrupção e da gestão irresponsável.

– Liberdade de proteção: Instituições que ajudem aqueles que são afetados por mudanças negativas em suas vidas.

 

No Acre, onde existe ausência de instituições efetivas, onde o governo é lento para cumprir suas promessas econômicas e suas práticas sociais tem um tom sempre eleitoreiro, instituições ilegais como o tráfico de drogas ou ações ilegais ocupam estes espaços vazios, podendo ser até essenciais para certos líderes políticos devido a eterna promessa de que um dia isso irá acabar.

Ainda, caso as instituições governamentais não tivessem restrições políticas e ideológicas, elas seriam primordiais em promover as várias liberdades em nível individual, cooperando com o desenvolvimento social e econômico e suprimindo as limitações das liberdades.

 

Nos últimos 16 anos, observou-se que as premissas propostas por Amartya Sen foram veementemente violadas e suprimidas no Acre. O que ele propõe é o que existe de mais recente no mundo, utilizado principalmente por economias em desenvolvimento e as propostas não são de difícil aplicabilidade. Talvez o que falte seja um pouco de boa vontade e querer, querer mudar os rumos do Acre, pensando sempre em frente, no que é melhor e não no que se pode ganhar com isso.

 
Enfim, enquanto as amarras ideológicas, o ódio, a perseguição e a ganância forem os instrumentos utilizados para o desenvolvimento do nosso amado Acre, seremos o eterno irmão pobre do Brasil.

 

Wesley de Brito é professor, pesquisador, economista e mestre em Desenvolvimento Regional.

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