O deputado federal Marcio Bittar (PSDB) participou nesta sexta-feira, 14, de audiência pública na Câmara Municipal de Brasileia, onde foi tratada a questão dos imigrantes que se encontram na cidade.
Atualmente vivem na cidade duas mil pessoas, sendo a grande maioria haitianos, que entraram no país pela cidade de Assis Brasil, e aguardam na fronteira as águas do rio Madeira baixarem para seguirem em busca de empregos no sul do país.
De acordo com os vereadores de Brasileia, o sistema público de saúde da cidade não tem mais condição de atender os 22 mil moradores e ainda os dois mil imigrantes que se encontram no município.
Homens, mulheres e crianças vivem em um antigo clube da cidade que foi desapropriado há anos para a construção de uma unidade de saúde. Com a entrada dos imigirantes, a área foi transformada em abrigo provisório, e após três anos desta situação, aguarda projeto do Governo Federal para instalação de mais banheiros químicos, beliches, piso em cerâmica, mureta de proteção e outras melhorias para dar melhores condições de habitação às pessoas.
“Em situação normal, estas pessoas entram no Brasil e ficam por aqui, no máximo três dias, quando são contratadas por empresas de fora ou seguem viagem (após retirada de documentação) para encontrar parentes que já estão no país. Mas com a enchente do rio Madeira, elas não conseguem sair do Acre”, informou Damião Borges, coordenador do abrigo.
Sem ter outra opção a não ser esperar, os imigirantes perambulam por Brasileia, usam lan houses para manter contato com familiares ou fazem pequenos ‘bicos’ em obras da cidade.
Sem condições ideais de acomodação, alguns usam becos e casas abandonadas como banheiro.
“Como primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara Federal tentarei agilizar um encontro da bancada federal com órgãos do Governo Federal para tentar amenizar esta situação, pois para acabar, somente se fechássemos a fronteira”, disse Bittar.
Assessoria
