O deputado federal Marcio Bittar (PSDB), candidato pela coligação Aliança Por Um Acre Melhor, que perdeu a eleição para o atual governador Tião Viana (PT), no último domingo (26) recebeu a reportagem da ContilNet Notícias para uma entrevista e falou do rumo dele na politica partidária, fez uma avaliação do pleito e disse que o legado da oposição não pode ser ignorado.
Bittar afirmou que não irá desistir do Acre, mas frisou que não tem nenhuma imposição a respeito de espaço para o futuro político dele. “Eu não trabalho pré-determinado a nenhuma candidatura, mas vou continuar do lado das pessoas e vou tentar contribuir para que o Acre seja liberto do medo e da opressão”, diz.
Marcio, que obteve 48, 75 % dos votos válidos, ganhando em nove municípios, disse que lamenta a perda do governo, declarou que não abandonará os que o ajudaram nesta eleição e disse que continuará lutando pela defesa do estado democrático de direito. “Eu não vou abandonar este exercito de anônimos que nos ajudou. Vou continuar lutando contra a opressão, contra estes anormais que não respeitam o Estado democrático de direito”, declarou.
Bittar afirmou que continuará na vida politica e que continuará na defesa e construção da proposta de governo da oposição. Disse que a oposição sai fortalecida, pois mostrou forças nas urnas, elegeu importantes quadros. “Vou continuar lutando pelo fortalecimento da democracia. Mesmo tendo perdido a eleição para o governo, nós agora temos dois senadores e isto é importante, além da vitória de Wherles Rocha (PSDB), que agora vai para a Câmara federal, Jéssica Sales (PMDB) e Flaviano Melo (PMDB)”, declarou.
Bittar afirmou que este último pleito serviu para mostrar que a oposição está no caminho certo, que mostrou união e afirmou que o atual governador se reelegeu em cima da opressão e uso descarado da máquina pública em beneficio do grupo político dele. “Fizemos uma campanha redonda, eu e Bocalom mostramos a unidade no segundo turno. O que a oposição não aprendeu e nem quer aprender é comprar votos”, declarou.
O tucano não poupou críticas a esquerda e disse que eles acusavam os adversários de erros que eles mesmo cometem. “ Eles trabalham na base do medo, da chantagem, da opressão. Eles nos acusam do que eles fazem”, declarou.
Bittar encerrou a entrevista afirmando que sente imensa admiração pelo Acre e disse que tem um caso de amor com o Estado. Afirmou que pretende estar do lado dos parlamentares que se elegeram pela oposição e ressaltou que não abandonará Tião Bocalom. “ Eu estarei com eles independente de ser candidato ou não. Minha luta é contra opressão causada por pessoas que atrasam nosso Estado.”
Veja principais trechos da entrevista:
ContilNet Notícias– O que há para dizer sobre o Acre neste momento?
Marcio Bittar– Eu não desisto do Acre e não vou abandonar este exército que de forma anônima e gratuita esteve novamente nos ajudando. Vou continuar lutando contra o PT, que considero um mal por atentarem contra o Estado democrático de direito.
ContilNet Notícias– O senhor disse que o PT é um adversário anormal. Por que os considera anormal?
Marcio Bittar– Eles atentam contra a liberdade, eles não se limitavam a usar as armas da democracia e hoje a executiva nacional conhece de perto do que estamos falando.
ContilNet Notícias– Quais são seus planos no campo político?
Marcio Bittar- Eu não vou trabalhar vinculado a nenhuma pré-candidatura, apenas continuarei lutando, ficando ao lado das pessoas e vou tentar contribuir para que esta aliança do segundo turno se mantenha.
ContilNet Notícias- Que avaliação o senhor faz dos segundo turno?
Marcio Bittar– Mesmo não tendo conquistado o governo do Acre, o Gladson sai desta disputa inegavelmente fortalecido, o Petecão também, apesar de não ter eleito a esposa Marfisa. A votação da Marfisa, que foi altamente significante, mesmo não tendo dado a ela a cadeira na Câmara Federal, mostra a força do Petecão.
ContilNet Notícias– Como o senhor sai deste pleito?
Marcio Bittar- Saio com meu coração transbordando de amor. As pessoas foram aguerridas ao lutar contra a opressão e o medo instalado no nosso estado.