A onda de violência em São Paulo e outras cidades, nas quais as cenas de vandalismo e banditismo têm sido constantes, foi o tema central da reunião desta terça-feira, 29, do líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), com os vice-líderes do partido. “O PSDB acertou que agirá no Parlamento e fora dele para ajudar a mudar essa situação”, disse Marcio Bittar, primeiro-secretário da Câmara e também vice-líder do partido. Bittar explicou que o PSDB vai trabalhar para aprovar leis mais duras para punir baderneiros que têm se infiltrado em manifestações pacíficas e destruído o patrimônio público e particular.
De acordo com Bittar, um dos fatos mais preocupantes nessas manifestações foi a revelação feita ontem pelo Diário da Manhã, de São Paulo, de que um dos líderes do movimento que destruiu prédios na capital paulista é funcionário da liderança do PT na Assembleia Legislativa daquele Estado e que recebe um salário mensal de R$ 11,3 mil. Segundo o jornal paulista, o assessor petista é Raimundo Bonfim e tem liderado todas as manifestações contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
“Somos a favor das manifestações, desde que pacíficas”, afirmou Marcio Bittar. Ainda ressaltou ser necessário “separar grupos de bandidos das verdadeiras manifestações”. De acordo com Bittar, depredação não é manifestação democrática, “e nós, do Parlamento, precisamos agir no sentido de garantir o patrimônio e a ordem pública”.
Bittar defende leis mais rígidas para punir os responsáveis por atos de vandalismos. “Hoje, a pessoa vai para a cadeia se matar os pássaros, raspar uma casca de árvore, mas se destrói bancos, paradas de metrô ou outro bem público, paga fiança e logo é liberada”, lembrou Marcio Bittar, que, juntamente com os demais líderes tucanos vão trabalhar para mudar essa lógica.
O líder do PSDB no Acre avalia, por sua vez, que o Parlamento precisa dotar as polícias de um marco legal para que possam agir e punir com rigor os vândalos que, nos últimos meses, têm se infiltrado nas manifestações pacíficas em favor de melhor saúde, transporte e educação para levar o caos às pessoas.
Assessoria
