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Rocha faz denúncia sobre fim de acordo com a Ucrânia para lançamento de satélites

20 de outubro de 2015
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O deputado federal Major Rocha denunciou hoje (veja aqui o vídeo do pronunciamento), 20, na tribuna da Câmara Federal, o que pode ser um novo escândalo no governo Dilma Rousseff.

De acordo com o parlamentar acreano, em 2006, Brasil e Ucrânia constituíram uma empresa pública binacional, a Alcântara Cyclone Space (ACS), que tinha o objetivo de comercializar e lançar satélites, utilizando a base de Alcântara, no Maranhão, onde seria construída uma infraestrutura e base própria para lançamento do foguete espacial ucraniano Cyclone-4. Todas estas despesas correndo por conta do governo brasileiro, através da Infraero.

A contrapartida ucraniana seria a construção do referido foguete, “revestido por uma vasta carcaça metálica de 40 metros de comprimento, com capacidade para levar satélites de quatro toneladas”.

Quatro anos depois de criada a binacional, segundo denúncia do deputado tucano, as empresas Odebrecht e Camargo Corrêa (ambas envolvidas no escândalo de corrupção que envolve a Petrobras), ganharam o contrato sem licitação. As obras de adaptação da base aérea de Alcântara, consumiram neste período R$ 500 milhões dos cofres brasileiros.

“Recursos que faltam na Saúde e Educação vão para o lixo, sem um motivo aparente”, destacou Major Rocha, ao informar que em julho deste ano o governo brasileiro, através de carta enviada ao Chanceler Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores do Brasil, ao Embaixador da Ucrânia, Rostyslay Tronenko, informou o rompimento do trato entre os dois países.

Embaixador Ucraniano

 

Deputado Rocha com o Embaixador  Rostyslav Tronenko, da Ucrânia, (foto: Pitter Lucena)

Deputado Rocha com o Embaixador Rostyslav Tronenko, da Ucrânia, (foto: Pitter Lucena)

Ao tomar conhecimento dos fatos, Major Rocha solicitou audiência com o embaixador ucraniano e recebeu a informação que durante dois anos os canteiros de obra ficaram abandonados e os operários desempregados. Neste mesmo período o governo ucraniano, segundo o Embaixador Rostyslay Tronenko, teria, por reiteradas vezes, demonstrado preocupação com os atrasos de repasses financeiros e nas obras de responsabilidade do governo brasileiro, através do consórcio mantido pelas empresas Odebrecht e Camargo Corrêa.

“Nenhuma das correspondências, até onde se sabe, mereceu qualquer resposta do governo brasileiro, que optou por atrasar a obra até o nível máximo de estrangulamento”, frisou Rocha.

Outra informação repassada pela Embaixada ucraniana é que o governo Dilma considerou, após 08 anos e R$ 500 milhões investidos, que o foguete ucraniano “estava obsoleto”.

A quebra deste contrato pode obrigar o Brasil a pagar uma multa superior a um bilhão de reais.

Denúncia à PGR

Major Rocha entregou representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot  (foto: Antonio Augusto/SECOM/PGR)

Major Rocha entregou representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot (foto: Antonio Augusto/SECOM/PGR)

Com base em todas estas informações e documentos, Major Rocha protocolou na Procuradoria Geral da República denúncia e pede investigação criminal dos fatos.

“O documento foi entregue pessoalmente ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e destaca a possibilidade do crime de Improbidade Administrativa, possivelmente cometido pela presidente Dilma”, informa Rocha.

 

Assessoria

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