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Saúde de primeiro mundo: Telhado do setor de nefrologia do HC é coberto de lonas

3 de fevereiro de 2014
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Familiares de pacientes do setor de nefrologia do Hospital das Clínicas do Acre voltaram a denunciar o que eles classificam como “precariedade da estrutura” da unidade de saúde. De acordo com eles, a cobertura do hospital está totalmente comprometida e, em dias de chuva “chove mais dentro do que fora do setor”.

O secretário de Saúde, em exercício, Irailton Lima confirmou os problemas e informou que a Fundhacre estava sem contrato de manutenção predial. Fotos encaminhadas pelos denunciantes mostram que o telhado está coberto por lonas presas por pedaços de madeira. A reportagem esteve no local e confirmou.

Eles afirmam que a colocação das lonas sobre o telhado não tem surtido efeito. Além das goteiras, os familiares dos pacientes renais crônicos reclamam da estrutura do setor de nefrologia e dizem que procuraram a direção do hospital, que não teria passado uma posição de quando poderá apresentar uma solução.

Neste mesmo setor, no ano passado, a presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos e Transplantados, Berenice Sales da Silva, denunciou que marmitas servidas aos pacientes estavam estragadas e apresentavam tapurus na carne de frango. O governo do Acre colocou Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco), para investigar o caso, mas nenhum resultado foi apresentado até o momento.

“Olha, sei que a Fundhacre estava sem contrato de manutenção predial. Ela fez adesão a uma ata de registro de preço da Sesacre esta semana. Agora, estão em negociação com a empresa para fechar o valor do serviço. Especificamente os serviços da nefro”, informa o secretário em exercício Irailton Lima.

Segundo Irailton Lima, “tanto a cobertura quanto outros pequenos consertos serão resolvidos. O prédio da nefro é muito bom. Foi inaugurado em 2010. Os problemas que tem são simples, com exceção da cobertura, que, de fato, requer uma intervenção mais estrutural”.

O gestor destaca que durante a construção do prédio, “optou-se por um tipo de telha que agora mostra-se inapropriada. Então, para resolver tem que retirar toda a cobertura e fazer de novo. É impossível fazer isso neste momento. Está chovendo bastante, e vai chover mais ainda nos próximos dois meses”.

Sobre a colocação de lonas presas com pedaços de madeira, o secretário afirma que se trata de uma “medida emergencial de estender lonas até que se tenha condição de substituir as telhas. Isso já foi explicado para a associação dos pacientes. Temos mantido uma relação de total abertura e diálogo com eles”.

O Diretor-Presidente da Fundhacre, Carlos Eduardo acredita que o problema está sendo ocasionado pelas telhas de plástico reciclado compradas da empresa Plasacre. “A telha usada na obra aparente ser de barro, mas não é. Ela é de plástico e começou a apresentar problemas”.

Para Carlos Eduardo, “a telha nunca deu muito certo. Fizemos um orçamento para fazer uma nova cobertura, mas ficou em torno de R$ 150 mil – como o preço ficou salgado, encomendamos um novo orçamento que foi aprovado e a obra já está licitada. Não é descuido, as lonas foram colocadas para não gotejar no setor”.

De acordo com diretor-presidente, a obras terá que ser feita aos domingos, já que o setor é usado durante toda a semana, em todos os turnos. “Temos que fazer um planejamento para que o serviço seja feito de uma vez. A demanda do setor de nefro é grande, não podemos deixar os pacientes em tratamento”, finaliza.

Um denunciante que pediu para seu nome não ser revelado ironizou o problema. De acordo com ele, no ano que o governador Sebastião Viana (PT) decretou como da Ciência e Tecnologia, o governo do Acre estaria testando uma nova tecnologia na cobertura do Hospital das Clínicas do Acre.

 

Fonte: AC24Horas

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