O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), comentou, nesta terça-feira (15), a decisão do governo federal que elevou o rombo fiscal deste ano de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. A previsão de déficit primário, resultado negativo nas contas do governo que leva em consideração arrecadação e despesas, também foi revista para 2018: passou de R$ 129 bilhões para os mesmos R$ 159 bilhões deste ano.
“Pelo que estou vendo eles querem dar mais uma folguinha. Com isso a gente não concorda. Se tem que ter uma mudança de meta, tem de ser no limite mesmo”, afirmou o presidente interino do PSDB, neta terça-feira (15), ao jornal Folha de S. Paulo.
O tucano disse ainda que o aumento de impostos não é a solução para a crise econômica que o Brasil enfrenta. “A princípio [somos] contra, principalmente [subir a taxação do] Imposto de Renda na pessoa física”, destacou Tasso Jereissati.
O governo federal também revisou os números previstos para os próximos anos. Para 2019, o déficit passou de R$ 65 bilhões para R$ 139 bilhões. Já em 2020, o superávit de R$ 10 bilhões foi revisto para déficit de R$ 65 bilhões.
Outras medidas para tentar reequilibrar as contas públicas foram anunciadas. Entre elas está o adiamento dos reajustes concedidos para servidores civis por 12 meses, o corte de 60 mil cargos do Executivo que estão atualmente vagos, o congelamento dos salários de funcionários públicos e mudanças nos planos de carreira. Tanto as mudanças quanto a revisão da meta fiscal ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional.