A “Pátria Educadora” de Dilma fica apenas no slogan
O lema “Pátria Educadora”, que a presidente Dilma Rousseff anunciou como marca de seu segundo mandato, não decolou e ficou apenas como mais uma promessa não cumprida da campanha petista. A recessão econômica no país, o troca-troca de ministros na Educação como forma de barganha para obter apoios de partidos políticos e a redução de repasses para a pasta minaram o slogan do governo.
Para o presidente da Juventude do PSDB do Mato Grosso do Sul, Ely Silveira, “algo que começa errado não pode dar certo”, e o segundo mandato de Dilma foi inundado por uma avalanche de mentiras para o povo brasileiro. “Iniciou-se na campanha eleitoral, quando Dilma afirmava que a economia do país estava ótima e não haveria aumentos. E continuou em 1° de janeiro, sobretudo, com o lançamento da ‘Pátria Educadora’, que mostrou-se ‘Pátria desEducadora’. Infelizmente, a presidente perdeu-se totalmente e, mais uma vez, os mais prejudicados são os brasileiros. É inadmissível para um país, que quer crescer e evoluir, realizar cortes na mola propulsora do desenvolvimento de qualquer nação, que é a educação”, disse.
“O governo federal usou o slogan de ‘Pátria Educadora’ e o que se viu foi que um dos maiores setores prejudicados com essa corrupção no país foi a educação”, completou o vice-presidente da Juventude do PSDB de Minas Gerais, Elton Bueno.
De acordo com matéria do jornal O Globo (http://m.oglobo.globo.com/brasil/patria-educadora-prioridade-para-2-mandato-naufraga-com-governo-19275206) desta quarta-feira (11), para agradar aliados, em menos de um ano, o MEC teve três ministros: Cid Gomes, Renato Janine Ribeiro e o atual Aloizio Mercadante. Além do documento com diretrizes relativas ao “Pátria educadora” não levar em conta o Plano Nacional de Educação – aprovado em 2014 e com metas para o setor até 2024 –, a pasta sofreu um corte de R$ 12 bilhões em 2015. De R$ 40 bilhões previstos para gastos não obrigatórios, foram liberados apenas R$ 28 bilhões e o valor previsto para esse ano foi ainda menor: R$ 26 bilhões. A queda de repasses levou à contenção de programas-chaves como o Pronatec, Fies, ProUni, Ciência sem Fronteiras, Pró-Infância e Mais Educação.
Segundo Dalison Neto, vice-presidente da Juventude do PSDB do Amazonas, a presidente Dilma não considerou os estudantes brasileiros e o corpo docente no momento da idealização do ‘Pátria Educadora’. “Uma plano de ação que desconsidera a base não tem aplicabilidade e não se transforma em índices de transformação. Unido a isto, o país mergulhou numa grave crise institucional que desencadeou na desestabilização política e recessão econômica. E qual o setor passou por agressivos cortes? Justamente o coração da ‘Pátria Educadora’, programas como Fies, Pronatec, ProUni e CNPq foram afetados, restringindo o direito de jovens que sonham com um futuro melhor”, destacou.
Assim como Neto, Pablo Allves, coordenador de Movimentos Estudantis da Juventude do PSDB do Pará, também criticou os cortes do orçamento do MEC. “Com esses cortes nos programas como Fies e ProUni, tenho na minha faculdade vários amigos que perderam suas bolsas e até mesmo seus financiamentos, e ao ver professores defendendo esse governo os questiono onde está a ‘Pátria Educadora’? Pátria que destrói os sonhos dos jovens, que sucateia as universidades federais? Esse governo sempre se contradiz e quem perde com isso é o povo brasileiro”, disparou.