Aécio diz que governo retrocedeu no primeiro semestre
A seqüência de denúncias graves assolaram o governo e assustaram mais uma vez o País, disse o senador
A seqüência de denúncias graves assolaram o governo e assustaram mais uma vez o País
Brasília (13) – Em discurso no Plenário, nesta quarta-feira , o senador Aécio Neves (PSDB/MG) fez uma análise do primeiro semestre do governo federal, período em que houve, segundo ele, um expressivo retrocesso em setores essenciais para o desenvolvimento do País.
Na avaliação do tucano, poucas vezes na história recente do Brasil um governo iniciou seus trabalhos de forma tão desarticulada. “A seqüência de denúncias graves assolaram o governo e assustaram mais uma vez o País. Em poucos meses ocorreu o afastamento de dois ministros da era Lula,substituídos não porque foram cobrados pelo rigor dos instrumentos de controle do governo, mas sim pela pressão da opinião pública. É o aparelhamento partidário da máquina pública que tão mal faz ao País. Recuamos ainda mais no campo da transparência quando fomos surpreendidos por inovações estranhas, como o Regime Diferenciado de Contratações para as obras da Copa, aprovado em uma medida provisória. Em todas as sociedades modernas o aumento da transparência vem sendo um instrumento de defesa”, afirmou.
Aécio também destacou o imobilismo do governo que, para ele, pode ser resumido em duas premissas: a incompetência no planejamento administrativo e a inapetência do Executivo para administrar o governo. “Este governo institucionalizou o improviso e isso certamente deixa enormes riscos a desvios com os quais nós temos convivido. Foi no campo legislativo que avançamos menos. Não conseguimos construir um consenso em relação ao novo rito das medidas provisórias. É essencial que esta seja a primeira matéria a ser discutida no início do segundo semestre, porque precisamos sair desta posição subalterna de meros homologadores das decisões e das vontades do governo federal”, ressaltou o tucano.
A construção de uma agenda para o Congresso Nacional também foi duramente cobrada por Aécio em seu discurso. “As grandes reformas não são de um governo que é circunstancial, mas sim do País. Este governo é reativo e funciona como uma sanfona. Minha esperança é que no segundo semestre haja a construção de um trabalho para tratar das grandes causas nacionais. Nós iremos continuar como oposição, vigilantes, atentos, denunciando e cobrando, mas da nossa parte não faltará também disposição para a convergência quando o interesse nacional estiver em jogo”, concluiu o tucano.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado