Aécio Neves: temos uma presidente que já não governa

Acompanhe - 18/10/2015

aecio neves foto george gianni 2O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em entrevista exclusiva ao jornal argentino “La Nación”, destacou que Dilma Rousseff é “uma presidente que já não governa, mal cumpre os ritos constitucionais”.

 

E acrescentou: “Ela entregou todo o poder aos membros da base aliada, o PMDB, que desprezou durante seu primeiro mandato. Ela está muito enfraquecida, não tem mais a confiança de ninguém.”

 

Aécio avalia que a petista perdeu o ativo mais valioso que um governante pode ter para superar uma crise:  a credibilidade.

 

“Para fazer uma reforma ministerial que não teve o objetivo de melhorar,  mas atender às pressões dos partidos aliados que prometiam alguns votos no Congresso.”

 

A respeito do impeachment, o senador ressaltou que essa não é a única agenda da oposição. “É da responsabilidade da oposição monitorar o que determina a lei, garantir que os tribunais façam o seu trabalho. O mandato de Dilma está condicionado menos por movimentos na Câmara dos Deputados que a capacidade que ela tem de provar para governar o Brasil, fora desta paralisia em que se afundou.”

 

De acordo com Aécio, o que não se pode fazer é ignorar os fatos alegados crimes: “Impeachment é um processo muito traumático, mas para o país seria pior para deixar

crimes impunes.  As próprias instituições oferecem à presidente a oportunidade de defender-se. E ela que terá que convencer o Congresso que merece continuar a governar o país.”

 

O presidente nacional do PSDB acredita que “ela quebrou o país para ganhar a reeleição, sua política econômica incompetente levou à recessão e assistiu passivamente o maior assalto da história da Petrobras. Hoje insiste no que foi a principal marca da campanha eleitoral: a mentira. De acordo com pesquisas, mais de 85% dos brasileiros, muitos dos quais votaram a favor, reconhecem que ela mentiu durante a campanha e se sentem enganados.”

 

Economia – na entrevista ao “La Nación”, o senador tucano criticou o contexto econômico:  “A situação é extremamente aguda. Somente neste ano um milhão de empregos foram perdidos, temos uma taxa de inflação de 10%, o que penaliza sobretudo os mais pobres. Há uma projeção de recessão este ano de cerca de -3% e -1% para 2016”, reiterou.

 

“Não vejo que este governo tem a capacidade de restaurar a credibilidade para atrair o investimento necessário para que a economia a crescer novamente. E nós temos um impacto cada vez mais negativo sobre a economia do ambiente internacional Brasil”, advertiu.

Confira a íntegra da entrevista: http://www.lanacion.com.ar/

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18/10/2015