Comissão de Agricultura ouvirá três ministérios sobre Plano Brasil Maior
Deputado Nilson Leitão (PSDB – MT) propôs audiência pública para discutir os motivos que levaram o governo a não incluir a cadeia produtora e exportadora de carnes e lácteos entre os beneficiados da desoneração da folha de pagamentos do Plano Brasil Maior, de incentivo à indústria.

Brasília – A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural realizará nesta terça-feira (19) audiência pública para discutir os motivos que levaram o governo a não incluir a cadeia produtora e exportadora de carnes e lácteos entre os beneficiados da desoneração da folha de pagamentos do Plano Brasil Maior, de incentivo à indústria.
Foram convidados os ministros Guido Mantega (Fazenda), Mendes Ribeiro Filho (Agricultura) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que ainda não confirmaram presença. A reunião será realizada às 14h30, no Plenário 4.
O governo desonerou a folha de pagamento de diversos setores, entre eles têxtil, couro e calçados, móveis, plásticos, materiais elétricos, autopeças, ônibus, hotéis, e tecnologia da informação.
A iniciativa do debate é dos deputados Luis Carlos Heinze (PP-RS), Nilson Leitão (PSDB-MT) e Celso Maldaner (PMDB-SC).
Leitão afirma que o Brasil se tornou líder mundial em exportação de carnes. São 3,9 milhões de toneladas de frango, 1,65 milhão de toneladas de carne bovina e 600 mil toneladas de carne suína por ano. É, também, o segundo maior produtor mundial de carne bovina e o terceiro de aves. Ele afirma que a expectativa é que as exportações de leite também cresçam neste ano e cheguem a 362 milhões de litros – um aumento de 15% em relação a 2011.
“Esses números demonstram a magnitude desses setores, mas não expõem as duras dificuldades enfrentadas pelas agroindústrias. Não dar a mesma oportunidade às agroindústrias brasileiras é marginalizar cadeias que geram empregos, renda e segurança alimentar para a população e divisas para o país”, afirma Heinze.
Segundo Maldaner, o Brasil perde dia após dia a competitividade no mercado internacional, em consequência dos problemas que enfrentam em relação ao câmbio desfavorável, somado ainda a fatores que impactam fortemente nos custos, como a escassez de insumos (decorrente das recentes estiagens nos pólos de produção) e os gargalos logísticos (que encarecem a produção e limitam a capacidade competitiva frente a concorrentes internacionais).
Da redação da Agência Câmara