“Aguardamos que o equilíbrio possa guiar a discussão para tirar o país desse impasse”, diz Betinho Gomes sobre processo de impeachment

Acompanhe - 07/12/2015

betinho gomes foto PSDB PERecife (PE) – Os partidos indicarão logo mais, às 18 horas desta segunda-feira (7), seus representantes na comissão responsável por emitir parecer sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), dando assim início à tramitação do processo. Para o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE), o requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr, e Janaína Paschoal tem forte consistência jurídica para respaldar a análise do impeachment e deve, portanto, tirar o debate da tentativa do governo de reduzi-lo à briga Dilma x Cunha.

“Aguardamos que o equilíbrio possa guiar essa discussão, sobretudo para tirar o país desse impasse. A gente tem de considerar que o presidente da Câmara acolheu o pedido de abertura do processo de impeachment por conta de desentendimento com o governo, mas não anula a consistência da peça, até porque foi bem elaborada por juristas respeitáveis, tem consistência e precisa ser analisada. Não podemos reduzir esse debate que vai começar a partir de hoje numa briga de Dilma contra Cunha. Os dois serão punidos na medida em que o debate for avançando”, avalia o parlamentar, referindo-se ao processo de cassação do deputado Eduardo Cunha, cuja admissibilidade entrará novamente em votação nesta terça-feira (8/12) no Conselho de Ética da Câmara.

“Se conseguirmos concluir amanhã (nesta terça) o processo de votação do parecer de admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha, a tendência é que ele siga para o plenário onde a situação do presidente da Câmara deve se complicar muito. Não acredito que um processo ofusque o outro (impeachment de Dilma e cassação de Cunha). São dois temas distintos, de alta gravidade política, e a Nação brasileira está atenta às duas questões”, alertou.

Betinho Gomes acredita que, diante da posição que o PT tomou na semana passada, de votar favorável à admissibilidade do processo de cassação de Cunha, “o placar está praticamente resolvido” pela sua aprovação. “Evidentemente que podem ocorrer mudanças, mas acredito que a votação será pela admissibilidade do processo para que se inicie a discussão e se formule o relatório pela cassação ou não de Eduardo Cunha”.

O tucano reconhece a dificuldade de prever o tempo que transcorrerá cada um dos processos, já que as partes envolvidas podem se valer de manobras regimentais, mas confia que o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, por dispor de um calendário pré-estabelecido e mais rigoroso, deve avançar mais rapidamente.

“Ainda vai depender muito se haverá ou não recesso parlamentar. Mas acho que no primeiro trimestre do próximo ano esses dois processos deverão estar resolvidos e prontos para ir à votação no plenário”.

Da assessoria do PSDB-PE

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07/12/2015