Aloysio Nunes: “Governo continua no caminho do loteamento político”

Acompanhe - 09/11/2015

aloysio nunes foto Gerdan WesleyBrasília (DF) – ​”É o chamado loteamento político. Isso tem, como consequências, a fragmentação da administração pública em muitos feudos que não se coordenam entre si por falta do princípio da legitimidade de quem os nomeou, porque não são nomeados pela autoridade central do Governo, mas são nomeados por padrinhos políticos”. Foi assim que o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) repercutiu na tribuna do Senado nesta segunda-feira (9) a troca da cúpula do porto de Santos (SP), o maior do país.

A presidência da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que controla o porto, passará para o engenheiro civil e de transportes José Alex Botelho e Oliva. A indicação é atribuída ao PMDB do Rio de Janeiro. O partido assumiu o controle da Secretaria de Portos (SEP) em janeiro deste ano.

“Durante algum tempo, houve um impasse para se ver quem seria a pessoa a ser nomeada. O que estava em jogo era saber quem tinha o padrinho político mais forte”, explicou o tucano. “Era disso que se tratava, e acabou sendo indicado alguém que foi apadrinhado pelo Líder do PMDB na Câmara, o deputado Leonardo Picciani”.

Na reforma ministerial do último mês de outubro, a Secretaria deixou de ser gerida pelo peemedebista Edinho Araújo (SP) para ser administrada agora pelo paraense Helder Barbalho que, desde então, vem promovendo trocas na SEP.

“Mas foi resolvido assim. Quem tem o padrinho político mais forte. Este é o triste governo, que está lutando com unhas, com todas as forças e com todos os instrumentos que tem a seu dispor para se manter no governo, em detrimento dos maiores interesses do povo brasileiro”.

* Da assessoria do senador

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09/11/2015