Aloysio Nunes: “Não há ministro da Justiça que encabreste a Polícia Federal”

Acompanhe - 29/02/2016

25385423575_ac3f24448a_hBrasília (DF) – “Tudo indica que a situação [do ex-presidente Lula] irá se agravar, à medida que essa Operação Lava Jato, que é um verdadeiro trem a 300 km por hora, prossiga, e é bom que prossiga. Não adianta mudar o ministro da Justiça, achando que um novo ministro poderá encabrestar a Polícia Federal”. Foi desta maneira que o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) reagiu nesta segunda-feira (29) na tribuna do Senado à saída do então chefe da pasta da Justiça, José Eduardo Cardozo, de seu cargo.

No posto desde o início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, em 2011, Cardozo vinha sofrendo pressão por parte do Partido dos Trabalhadores por não controlar as atividades da Polícia Federal, especialmente nas investigações da Operação Lava Jato. Ex-procurador-geral de Justiça na Bahia, Wellington Cesar foi escolhido para assumir o cargo.

O tucano lembrou ainda que pressões por parte do PT também acarretaram na demissão do ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no fim do ano passado. “E [o governo] pôs alguém que, aos olhos às teses [econômicas] antiga que o ministro Levy havia abandonado. Teses estas que levaram ao desastre atual”, afirmou Aloysio Nunes ao citar a chamada nova matriz econômica.

Em seu discurso, o paulista também comentou o lançamento do “programa nacional de emergência” pelo diretório nacional do PT na última sexta (26), com 16 propostas para a recuperação da economia que vão na contramão do que tem sido no governo de Dilma Rousseff. “Esse programa de emergência é simplesmente a reiteração, a repetição de todas aquelas propostas que – algumas delas tendo sido praticadas pelos Governos Lula e Dilma – foram as responsáveis pela situação catastrófica que nós estamos vivendo hoje no nosso país: Inflação alta, uma dívida pública que não para de crescer, desemprego crescente”, reforçou.

“Configurou-se plenamente o fato que o PT considera ser possível estar, ao mesmo tempo, no governo e na oposição. [Os petistas] estão no governo da presidente Dilma, ocupam cargos nas estatais, mas se reúnem para lançar um documento que é simplesmente uma ruptura com a presidente Dilma”. “O programa de emergência é a saída do PT, do governo, é o fim do governo da presidente Dilma e o início de um governo de transição que prepare o Brasil para uma nova fase de crescimento, começando pelo enfrentamento de questões urgentes, que não pode ser postergado”.

Da assessoria do senador

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29/02/2016