Aníbal: Excesso de gastos do atual pode prejudicar próximo governo
Deputado teme que a presidente eleita enfrente situação penosa para manter investimentos
Deputado teme que a presidente eleita enfrente situação penosa para manter investimentos
Brasília (08) – O excesso de gastos do governo Lula pode comprometer a aplicação de recursos em áreas prioritárias para a população, como Saúde e Educação, no próximo governo do PT. Esta é a avaliação feita pelo deputado José Aníbal (SP) nesta terça-feira sobre o anúncio de cortes generalizados no orçamento da União a partir de 2011.
Segundo reportagem do jornal “O Globo”, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na última segunda-feira que haverá uma redução de gastos e apenas projetos prioritários, como o Bolsa Família, ficarão de fora do ajuste.
A decisão acontece após a campanha eleitoral em que a presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmava que não faria ajuste fiscal caso se elegesse. Segundo Mantega, a diminuição no orçamento não poupará nem mesmo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para Aníbal, a falta de controle sobre os gastos, principalmente nos dois últimos anos da gestão petista com intenção eleitoral, começam a dar os primeiros sinais negativos. “Agora, é o jogo da verdade. A nova presidente vai realmente ter que fazer cortes em várias áreas. Inclusive e infelizmente em projetos de investimentos em que o Brasil mais precisa para gerar riqueza, crescimento e, sobretudo, empregos para a nossa gente”, enfatizou.
O tucano ressaltou também que a nova presidente enfrentará dificuldades no primeiro ano de governo para honrar promessas de campanha. “Eu espero que a gente não passe por uma situação penosa. Mas certamente muitas expectativas de investimentos e de realização vão ser frustradas pela gastança promovida por Lula e pelo seu governo”, avaliou.
Segundo “O Globo”, Guido Mantega, que será mantido no cargo no governo Dilma, adiantou que o Ministério do Planejamento e a Secretaria do Tesouro Nacional estão trabalhando no cálculo do valor total dos cortes. O ministro informou ainda que tentará adiar a aprovação de projetos em tramitação no Congresso que elevem os gastos públicos. Entre eles, o reajuste de 56% para servidores do Judiciário e a PEC 300, que equipara os salários de PMs e bombeiros de todo o país aos do Distrito Federal.