Aníbal: Excesso de gastos do atual pode prejudicar próximo governo

Deputado teme que a presidente eleita enfrente situação penosa para manter investimentos

Acompanhe - 08/12/2010

Deputado teme que a presidente eleita enfrente situação penosa para manter investimentos

Brasília (08) – O excesso de gastos do governo Lula pode comprometer a aplicação de recursos em áreas prioritárias para a população, como Saúde e Educação, no próximo governo do PT. Esta é a avaliação feita pelo deputado José Aníbal (SP) nesta terça-feira sobre o anúncio de cortes generalizados no orçamento da União a partir de 2011.

Segundo reportagem do jornal “O Globo”,  o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou na última segunda-feira que haverá uma redução de gastos e apenas projetos prioritários, como o Bolsa Família, ficarão de fora do ajuste.

A decisão acontece após a campanha eleitoral em que a presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmava que não faria ajuste fiscal caso se elegesse. Segundo Mantega, a diminuição no orçamento não poupará nem mesmo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para  Aníbal, a falta de controle sobre os gastos, principalmente nos dois últimos anos da gestão petista com intenção eleitoral, começam a dar os primeiros sinais negativos. “Agora, é o jogo da verdade.  A nova presidente vai realmente ter que fazer cortes em várias áreas. Inclusive e infelizmente em projetos de investimentos em que o Brasil mais precisa para gerar riqueza, crescimento e, sobretudo, empregos para a nossa gente”, enfatizou.

O tucano ressaltou também que a nova presidente enfrentará dificuldades no primeiro ano de governo para honrar promessas de campanha. “Eu espero que a gente não passe por uma situação penosa. Mas certamente muitas expectativas de investimentos e de realização vão ser frustradas pela gastança promovida por Lula e pelo seu governo”, avaliou.

Segundo “O Globo”, Guido Mantega, que será mantido no cargo no governo Dilma, adiantou que o Ministério do Planejamento e a Secretaria do Tesouro Nacional estão trabalhando no cálculo do valor total dos cortes. O ministro  informou ainda que tentará adiar a aprovação de projetos em tramitação no Congresso que elevem os gastos públicos. Entre eles, o reajuste de 56% para servidores do Judiciário e a PEC 300, que equipara os salários de PMs e bombeiros de todo o país aos do Distrito Federal.

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08/12/2010