Aparelhamento e gestão temerária inviabilizaram a EBC, avalia Nilson Leitão

Acompanhe - 08/06/2016

Nilson Leitao foto Ag camaraBrasília (DF) – Um diagnóstico feito pelo governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) constatou que o desgoverno e a gestão temerária na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) conduziram a empresa, ao longo da era PT, a um déficit de R$ 94,8 milhões. Apenas nas duas semanas em que esteve à frente da EBC, a gestão nomeada por Temer pediu a suspensão de sete contratos, equivalentes a R$ 2,8 milhões por ano. Outros R$ 17,8 milhões estavam comprometidos com apenas dois contratos, para a veiculação de jogos de futebol.

O relatório deverá servir como base para o recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) que vai pedir a recondução do jornalista Laerte Rimoli, nomeado por Michel Temer, à presidência da empresa. Indicado pela presidente afastada Dilma Rousseff pouco antes da votação do processo de impeachment no Senado, o jornalista Ricardo Melo foi recolocado no cargo de presidente por decisão do ministro do STF Dias Toffoli.

Segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (8) pelo jornal O Globo, além do descontrole financeiro, outro ponto levantado pela gestão Temer é a reestruturação da empresa. Duas diretorias poderão ser extintas, com o objetivo de reduzir custos. O diagnóstico inclui ainda a necessidade de reorientar a parte editorial da empresa, que, de acordo com o atual governo, adotou “nos últimos anos uma linguagem político-partidária de pensamento único, cunho ideológico, contrariando a própria lei de criação da empresa”.

Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), o aparelhamento e a gestão temerária da EBC durante os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff inviabilizaram a empresa.

“Dilma não apenas aparelhou a empresa, ela criou cargos para acomodar a companheirada deles [do PT]. Isso inviabiliza qualquer empresa. Fez isso em agências, fez isso nas assessorias. Uma empresa de comunicação como é a EBC, que é a empresa oficial do governo, não precisa de toda essa estrutura que tinha. Mas a intenção deles não era comunicar, a intenção deles era realmente empregar a sua companheirada”, afirmou.

O parlamentar acrescentou que o uso das empresas públicas como cabide de empregos é o modus operandi do PT. A prática levou ao descrédito órgãos como a EBC e a Petrobras.

“É o que os governos Lula e Dilma fizeram nesse e em todos os setores. É o mesmo modus operandi de todos os setores do governo, onde não tinham preocupação com resultados. Tinham preocupação sim com cumprir e acomodar a sua companheirada, por isso virou o que virou, garantindo a presença de pessoas que contribuíram para destruir as empresas brasileiras”, destacou.

O tucano defendeu que o enxugamento da máquina pública proposto pelo governo Temer chegue também à EBC, recuperando o propósito e o objetivo social da empresa.

“Tem que ser feito na EBC o mesmo que precisam fazer pelo Brasil: enxugar, fazer uma reforma, um choque de gestão, e fazer com que a empresa tenha um objetivo social na comunicação do governo, e não o emprego pelo emprego como foi feito até aqui”, completou Leitão.

Leia AQUI a íntegra da matéria do jornal O Globo.

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08/06/2016