Argumentos para o impeachment de Dilma são fortes, diz o governador Alckmin
“Não sou professor de direito constitucional, mas entendo que a Câmara Federal e o Senado Federal saberão avaliar”, afirmou
Brasília (DF) – Apesar do governo federal tentar classificar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff como um golpe, os argumentos que embasam o pedido “são fortes”, na avaliação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Para o tucano, a Câmara e Senado Federal saberão avalia-los. As informações são de reportagem publicada nesta terça-feira (8/12) pelo jornal Folha de S. Paulo.
“Eu acho que deve, sim, ser analisado [o pedido de impeachment]. Os argumentos são fortes. Não sou professor de direito constitucional, mas entendo que a Câmara Federal e o Senado Federal saberão avaliar”, disse Alckmin ao jornal.
O governador tucano também reiterou que o processo de impeachment, prerrogativa prevista na Constituição Federal, não pode ser encarado como um golpe, como quer fazer parecer a gestão petista. “É importante destacar que impeachment não é golpe”, afirmou Alckmin.
Vale lembrar que o processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello contou com o apoio do PT, que não considerou o afastamento do presidente eleito democraticamente como um “golpe”.
Entre as razões que embasam o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff estão as pedaladas fiscais promovidas pelo seu governo para esconder um rombo de R$ 50 bilhões, a omissão frente aos crescentes escândalos de corrupção na Petrobras e denúncias de que a sua campanha presidencial teria sido abastecida com caixa dois proveniente de propinas.