Arthur Virgílio é homenageado na Câmara Municipal de Manaus
Cerimônia contou com a presença do ex-governador José Serra e outros tucanos
Cerimônia contou com a presença do ex-governador José Serra e outros tucanos
Manaus (29) – Em sessão solene, a Câmara Municipal de Manaus (CMM) realizou na manhã desta quinta-feira, no plenário Adriano Jorge, a outorga da Medalha de Ouro Cidade de Manaus ao ex-senador Arthur Virgílio, do PSDB amazonense, pelos relevantes serviços prestados à sociedade, a cidade de Manaus, ao Estado do Amazonas e ao Brasil.
Diversos tucanos estiveram presentes, como o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), os senadores Flexa Ribeiro (PA) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), o deputado Eduardo Azeredo (MG), o ex-governador José Serra (SP), o ex-senador Antero Paes de Barros (MT), e o governador de Roraima, Anchieta Júnior. O senador Aécio Neves (MG) enviou mensagem ao homenageado, assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os textos foram lidos pelo filho de Arthur Virgílio, o deputado estadual Arthur Bisneto.
Ao falar aos presentes na cerimônia, Arthur Virgílio agradeceu a homenagem, dizendo respeitar aqueles que não votaram nele. Ele entende que esse é um país democrático onde as diferenças devem ser respeitadas. “Se me perguntassem se eu votaria em Lula, eu diria não, porque esse é um direito meu de escolha”, ressaltou Arthur.
Em sua trajetória política, o tucano Arthur Virgílio exerceu diversos cargos e funções, desde presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) a vice-líder do Governo no Congresso Nacional, secretário geral da executiva nacional do PSDB e Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em seu discurso de agradecimento, o ex-senador advertiu para o grave momento da economia do Amazonas, com a edição da Medida Provisória nº 534 pelo Governo Federal – que estendeu aos tablets as mesmas isenções fiscais concedidas a outros bens de informática -, e defendeu a repactuação do modelo Zona Franca de Manaus, como o envolvimento de governos, sociedade e trabalhadores. “Não acredito que seja possível mantê-la sem fazer um acordo”, afirmou. Arthur lembrou que faz cem anos que se deu a queda do mercado da borracha, antiga base da economia do Amazonas. “Agora temos a Zona Franca posta em xeque, menos por insuficiências nossas, mas mais por políticas nacionais”, alertou.
Durante o seu discurso o ex-senador mandou um recado para os seus adversários políticos. “Em política, ninguém mata e ninguém morre. Quem pretendia me matar errou redondamente, eu estou mais vivo do que nunca”, disse.
Virgílio também não poupou críticas ao ex-presidente Lula, como a de que ele nunca reconheceu os méritos dos seus antecessores em oito anos de mandato, e elogiou a presidente Dilma Rousseff por apresentar mais “civilidade” para lidar com os ex-presidentes, reconhecendo o que foi feito por eles. O tucano também não descartou a possibilidade de sair candidato nas eleições de 2012.
O ex-senador se emocionou em vários momentos da solenidade. Um deles foi durante a leitura da carta enviada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na carta, FHC disse que espera “vê-lo de volta em breve às lutas democráticas que tanto precisam dele”. Em um dos trechos do documento, FHC ressalta a importância da homenagem a Arthur após 33 anos de bons serviços prestados ao país. “A palavra necessária ou a ação deste grande brasileiro nunca faltaram ao Amazonas, ao Brasil ou a mim.”
Fonte: Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado – Foto: