“A arte de fazer política”, por Danilo de Castro
Muitos termos, expressões e ditados populares mudam de significado com o tempo. Fora de um contexto, o que era verde, pode se transformar em amarelo; o doce passa a ter gosto de amargo; o lado esquerdo, olhado de outro ponto de vista, se transforma em direito. Mas o que não se pode nunca perder ou deixar se transformar é o nosso caráter.
Na política deveria ser assim. O respeito, a coerência e o compromisso com as bandeiras defendidas não podem ficar ao bel prazer do tempo. É obrigação do homem público primar por preservá-los sempre.
O senador Aécio Neves assumiu a presidência do PSDB e em seu primeiro artigo após a posse para a coluna do Jornal Folha de São Paulo, lembrou-nos justamente que na política, promessa e compromisso deveriam ser sinônimos.
Mas, infelizmente, o “fazer política” é um termo que vem sendo jogado ao vento pelo atual governo. O PT mudou o significado desta ação que tanto nos apaixonou no passado. Não há mais projetos para o país. Para o governo petista o único projeto é a sua permanência no poder.
Para nós, homens públicos comprometidos com a coerência e o compromisso assumido, fazer política é a arte de promover as mudanças que a população necessita, exercendo um trabalho sério e responsável.
Resgatar o “fazer política” será tão importante nos próximos tempos, quanto qualquer reforma estruturante para o país. E como escreveu Aécio Neves, “para nós, do PSDB, uma das principais tarefas nesse campo tem sido buscar formas de impedir que a política perca, aos olhos da população, a sua legitimidade como instrumento transformador da realidade”.
Danilo de Castro é secretário de Estado de Governo de Minas Gerais