“A dinâmica do agronegócio”, artigo de Danilo de Castro
O agronegócio tem mostrado bom desempenho no Brasil, destacando-se como um setor extremamente importante para nossa economia, pois representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB). Nosso país é hoje o maior exportador mundial de açúcar, café e soja, sobressaindo também na expressiva remessa de frutas para outros continentes.
Apesar dos ganhos formidáveis de produtividade no campo, há uma descrença por parte dos produtores na capacidade do governo federal de prover investimentos mínimos, como em logística e em infraestrutura, conforme alerta o senador Aécio Neves em seu recente artigo para a coluna do jornal Folha de S.Paulo.
Com a alta do dólar, o mercado do agronegócio tem sofrido impactos, entre eles, o aumento do custo da produção, o que causa preocupação para todos do campo, do pequeno ao médio agropecuarista e até para o grande produtor. Junto a isso, em estimativa relativa a agosto e publicada no último dia 10, o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) prevê a redução de 634 mil toneladas na safra de 2013, comparando com a previsão anterior, a de julho.
Diante dos novos fatos, a cadeia do agronegócio brasileiro precisa de um “baita” impulso, desde a produção até a distribuição, que implique investimentos produtivos e melhorias incrementadas, em efetivo ganho de qualidade, produtividade e renda, resultando em maior competitividade no mercado. Assim sendo, sanar a volatilidade dos preços e a persistência da inflação alta, cobrir o custo da produção, agregar valor ao produto, fomentar uma infraestrutura dinamizadora são os desafios que se apresentam ao setor rural.
Os frutos do agronegócio refletem não apenas na qualidade de vida do homem do campo mas também no cotidiano de cada cidadão brasileiro.
Danilo de Castro é secretário de Estado de Governo de Minas Gerais