“A mistura inflamável de inflação com reeleição”, editorial de O Globo
Editorial publicado na edição desta quarta-feira (3) do jornal O Globo
A previsão de que 2013 seria um ano em que o Banco Central precisaria ter sangue frio se confirma, e é até mais ampla: o próprio país precisa manter os nervos sob controle, pois, como esperado, a inflação deverá superar o teto da meta de 6,5%, e o BC faz o possível para retardar ao máximo o aumento da taxa básica de juros, hoje em 7,25%.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, esteve ontem no Senado e repetiu o discurso clássico de que o compromisso da instituição é com a meta de 4,5%. Não poderia ser diferente. E que o “instrumento de política monetária”, os juros, será usado para fazer a taxa de inflação convergir para a meta, assim que o BC considerar necessário. Por suposto. À medida que o tempo passa, porém, e depois que governo e PT anteciparam a campanha eleitoral de 2014, análises de cenários econômicos precisam levar em consideração as urnas. E parece evidente que o governo Dilma, a esta altura, não se lançará num combate à inflação com o vigor necessário. É revelador, neste sentido, que o presidente do BC, quando Dilma, na África do Sul, depois de defender a prioridade do crescimento sobre o controle da inflação, tentou consertar a derrapagem, tenha previsto que também em 2014 a inflação estará acima dos 5%.
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