“A política e a democracia venceram”, por Marco Vinholi
As eleições municipais que se encerraram em 29 de novembro com a disputa do segundo turno em 57 cidades marcaram uma derrota inquestionável dos extremos e do radicalismo. O PT, pela primeira vez em sua história, não governará nenhuma capital do país. E o presidente Jair Bolsonaro não conseguiu eleger nenhum aliado nas maiores cidades do país.
Na disputa mais simbólica, Bruno Covas, do PSDB, foi reeleito prefeito de São Paulo com um discurso de moderação e conciliação. Em uma eleição marcada pela pandemia de coronavírus e pela crise econômica decorrente dela, venceu o centro. E os gestores que se mostraram responsáveis na condução de suas cidades foram reeleitos. Em suma, foi uma vitória do equilíbrio, da moderação e da política séria.
E isso não foi só em São Paulo, mas em todo o país. A onda antipolítica que foi tão forte há dois anos não deu as caras agora. Não há prefeito de capital que já não exercesse cargo público.
Nada contra a renovação, pelo contrário. Mas a política tem que ser feitas por políticos com P maiúsculo, que honrem os votos que receberem e apresentem resultados para a população —coisa que os eleitos na onda bolsonarista de 2018 não entregaram, começando pelo próprio presidente.
Em São Paulo, o PSDB foi mais uma vez vitorioso. O PSDB paulista consolidou seu protagonismo nacional com os resultados do segundo turno. O diretório estadual governará nos municípios quase 67% dom total de brasileiros sob administração do partido em todo o país.
Foram resultados históricos, sob a liderança do governador João Doria, que representam, antes de mais nada, a renovação do partido. Dos 180 prefeitos eleitos pelo PSDB no Estado, 60 são de novos filiados. A renovação do PSDB foi fundamental e gerou esse resultado expressivo.
Com seriedade, coerência, apreço à boa política e serviços de qualidade prestados ao cidadão paulista, o PSDB completa no início do próximo ano 25 anos consecutivos no comando do governo de São Paulo. Fato sem precedente na democracia brasileira em tempos de democracia plena, como todos os mandatos decididos no voto livre e sem tutela sobre os cidadãos.
Tudo começou em 1º de janeiro de 1995, com a posse de Mário Covas, eleito no ano anterior em uma aliança contra candidatos que representavam ideias autoritárias. Covas teve uma gestão marcada pela preocupação com os problemas sociais, aliada a uma inabalável responsabilidade fiscal, base de qualquer governo sério e responsável.
Na sequência, o Estado teve a sorte de ser governado por Geraldo Alckmin, José Serra, Alberto Goldman e João Doria, homens honrados que tanto nos orgulharam, como também os vices Guilherme Afif e Cláudio Lembo, que ocuparam o cargo interinamente.
Sob o comando dos tucanos, São Paulo cresceu e se desenvolveu em todos os aspectos, sem jamais virar as costas para a democracia nem para os direitos individuais e sociais. Nem muito menos transigir com os malfeitos de colegas do partido que infelizmente nos desonraram.
Onde o PSDB governou o fez com qualidade e seriedade. Desde o nosso eterno presidente Fernando Henrique Cardoso ao vereador da menor das cidades do interior, cada tucano deixou sua marca para o crescimento e o desenvolvimento do país.
(*) Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo e presidente estadual do PSDB