“Acorda, Brasil, enquanto é tempo”, por Clóvis Rossi
O país não perde o sono com a Aliança do Pacífico porque está dormindo profundamente no ponto
Artigo do jornalista Clóvis Rossi publicado no jornal Folha de S. Paulo deste domingo (2)

Marco Aurélio Garcia, o assessor internacional da presidente Dilma Rousseff, tem toda a razão ao dizer que a Aliança do Pacífico, o conglomerado que abre um rombo no quintal do Brasil, não tira o sono do grande país tropical. Não tira porque, de fato, o Brasil está dormindo no ponto, como se dizia antigamente, em matéria de integração regional e negociações comerciais.
Lembro-me de uma conversa com Marco Aurélio, pouco antes da posse de Dilma, na qual ele dizia que o novo governo cuidaria mais da institucionalização das iniciativas lançadas ou consolidadas no período Lula do que de inovar mais.
Parecia fazer sentido, por mais que institucionalização aos ouvidos de jornalistas soe a burocratização, inimiga mortal do jornalismo.
De fato, Lula e seu chanceler Celso Amorim tinham todos os dedos ligados na tomada, se mexiam em todas as direções, puseram o Brasil no mapa do mundo mais do que em qualquer momento anterior. Quem, como eu, cobre viagens presidenciais ao exterior desde o governo do general Ernesto Geisel, já se vão quase 40 anos, pode dar testemunho ocular desse fato.
Portanto, tinha lógica institucionalizar novidades ou organismos frescos como os Brics, a Unasul, a agora denominada Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), o Ibas (Índia, Brasil, África do Sul), a Aspa (América do Sul/países árabes).
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