“Cadê a gerentona?”, por Matheus Leone
Dilma Rousseff foi eleita por dois principais motivos: o primeiro a alta popularidade de Lula. O segundo, pela fama que adquiriu de boa gerente (a mãe do PAC). A fama de gerentona, muitas vezes, ríspida e intolerante com erros administrativos, conseguiu penetrar no imaginário dos eleitores que ao votarem tinham a esperança de uma gestão pública qualificada, principalmente à frente da economia. Infelizmente, dia após dia, vemos que mais uma vez o PT vendeu gato por lebre. Enganou o povo vendendo uma incompetente como uma qualificada gestora pública.
Escolham uma área qualquer e façam uma breve análise das ações do governo federal em tal área. Será muito fácil notar que em todas as áreas do setor público o governo falha, prejudicando sempre aquele que mais precisa do governo: o cidadão.
Tomemos a educação para fins ilustrativos. O novo plano de carreiras dos professores do ensino superior foi novamente um fiasco. Foi bom para os professores que já estão no alto da carreira, mas é um imenso desincentivo para aqueles que pensavam em seguir a carreira acadêmica. Podemos, inclusive, esperar novas greves dos docentes já que as demandas da categoria foram, até certo, ponto ignoradas pelo governo.
A saúde é um caso emblemático da incompetência gerencial desse governo. A União gasta hoje com saúde – proporcionalmente – menos do que gastava em tempos passados, jogando o “abacaxi” para os estados e municípios sem que haja um reajuste do FPE e FPM. O mesmo ocorre na segurança pública onde o gasto do governo federal é ridículo diante das necessidades do cidadão brasileiro.
E na economia?Depois da estrutura econômica montada pelo Plano Real – com metas inflacionárias, câmbio flutuante e superávit primário – muitos achavam que seria impossível fazer com que o país saísse dos trilhos economicamente. O problema é que não contavam com a imensa capacidade do PT de fazer lambanças. O crescimento do PIB foi um fiasco e para piorar temos a volta daquilo que por muito tempo aterrorizou as famílias brasileiras (em especial as mais pobres): a inflação. O que vemos hoje no país é uma caminhada econômica onde temos um país crescendo pouco e uma inflação aumentando cada dia mais. São muitos os motivos para o descalabro econômico que o país vive, dentro deles a política de concessão discricionária de subsídios a empresas ao invés para um setor todo. Política de incentivo ao endividamento através de concessão indiscriminada de crédito visando aumento do consumo e, por sua vez, crescimento econômico. Como podemos ver as famílias brasileiras endividadas. Pararam de gastar, o que fez com que toda a política de incentivo ao consumo do governo federal fosse pro ralo.
Temos hoje no Brasil um cenário de Estado extremamente inflado com cerca de 40 ministérios e uma péssima administração do país. Isso por que a administração pública federal serve antes de tudo aos interesses partidários do PT e de seus aliados, ao invés de servir à quem a banca: o contribuinte. Nesse cenário, a presidente Dilma prova apenas para toda a população que o discurso eleitoreiro que a elegeu era de fato apenas isso: uma promessa de campanha. Sua competência, que antes era duvidável, hoje prova não existir, existindo apenas uma motivação eleitoral: a motivação de 2014, já que toda a máquina pública hoje trabalha sob essa ótica, a ótica de reeleger a presidente.
Nesse sentido, se perguntarmos “onde está a gerentona?” Podemos responder apenas que ela nunca existiu, e se a referência for a presidente Dilma mesmo assim, podemos apenas responder que a “gerentona” está no palanque. Dilma, o Brasil não quer uma candidata, o Brasil quer uma presidente. Desça do palanque e tente governar.
Filiado ao PSDB-DF e estudante de Ciência Política na Universidade de Brasília (UnB)