“Dilma abandonou o povo, e o povo abandonou a Dilma”, por Juvenal Araújo
“A nossa desaprovação a tudo isso também precisa ser registrada nas ruas, em todas as manifestações que se organizarem com esse fim. Às ruas sempre”
Por Juvenal Araújo, presidente nacional do Tucanafro
Pesquisa realizada pelo Instituto Ibope, entre os dias 5 e 9 de dezembro, apontaram aquilo que todo mundo já sabe, o PT inclusive: mais da metade dos brasileiros são a favor do impeachment. Pela pesquisa, exatos 67%. Outros 28% são contra e 4% não soube responder.
É quando pormenorizamos o olhar sobre esses dados que a coisa fica ainda mais reveladora.
A base de sustentação na juventude esvaiu-se. Entre os jovens com idade entre 16 e 24 anos, 75% são a favor do impeachment.
Entre a camada assalariada da população, os que sobrevivem apenas com um salário mínimo — de quem o PT sempre se colocou como único e legítimo representante — 68% apoiam o impedimento da presidente Dilma.
Entre os que recebem mais de cinco salários mínimos (os que pagam a conta) o impedimento da Dilma é apoiado por 66% da população.
A primeira mulher eleita presidente do Brasil, entretanto, encontra 70% entre as suas iguais querendo o seu afastamento. Entre os homens, 65% a querem fora do Palácio do Planalto.
Não há governo, projeto político ou popularidade que resistam a constatação cada vez mais acentuada da sociedade de que a grave crise econômica que assola o país, comprometendo o presente e o futuro nacional foi montada pelo petismo, basicamente, em duas bases: Um inconsequente populismo fiscal, que promoveu uma gastança burra, sem aproveitar o momento econômico extremamente favorável para se promover avanços estruturais que o Brasil precisa (tornando os ganhos permanentes), e um esquema colossal e bilionário de corrupção, para financiamento da perpetuação de um grupo político no poder e — deixemos de demagogia e atenuações infantis — o enriquecimento que favoreceria até a décima geração da cúpula petista.
As pesquisas são importantes, não há dúvidas. Mas a nossa desaprovação a tudo isso também precisa ser registrada nas ruas, em todas as manifestações que se organizarem com esse fim. Às ruas sempre. É só assim que começaremos a mudar a nossa situação.