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“Dilma sem grandeza. Não há o que comemorar”, por Alberto Goldman

Acompanhe - 22/02/2013

Alberto Goldman Foto George Gianni PSDBArtigo do vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman (SP)

Com o slogan “o fim da miséria é apenas um começo”, o PT oficializa o lançamento de Dilma Roussef à reeleição na comemoração dos 10 anos de governo do PT, que se faz ao mesmo tempo em que se concede o incremento de pessoas e famílias no sistema de distribuição de recursos públicos para os mais pobres da sociedade. O que significa esse começo?

Em primeiro lugar é a desqualificação de tudo o que foi feito anteriormente, inclusive a luta que tivemos, nós milhares de combatentes, para a derrota da ditadura e a reconquista da democracia. Desqualifica os avanços obtidos, inclusive na elaboração da nova Constituição brasileira, fruto de uma Constituinte cuja carta o PT se recusou a assinar. Desqualifica os avanços no período Itamar Franco que instituiu o plano Real, desqualifica o governo FHC – e essa é a intenção política primordial – no qual se conquistou a estabilidade da moeda, a estabilidade fiscal, e no qual se iniciaram as reformas que abriram o caminho para um desenvolvimento sustentado e o enfrentamento da miséria, uma herança que a própria Dilma reconheceu no início de seu mandato. Agora o discurso é outro, sem grandeza, oportunista e leviano, com os olhos voltados para as eleições do próximo ano.

Em segundo lugar, Dilma reconhece que consumiram 10 anos – e serão 12 anos no fim de 2014 – para que apenas começasse a melhoria das condições de vida do nosso povo. Não é, como se poderia esperar, que milhões de brasileiros não mais precisassem desses recursos, já que os teriam pelo trabalho produtivo. Quantos séculos teremos de esperar, nesse andar da carruagem, para que o povo tenha os empregos necessários, salários minimamente decentes, fornecimento de água potável, condições de saúde com dignidade, escolas de boa qualidade para todos e inúmeros itens que constituem o conjunto de ações de governo para uma vida melhor?

E é verdade que a miséria está ou estará eliminada nesse período de tempo? Ela adota o critério de que com 70 reais por mês a pessoa está fora da faixa de miséria, valor esse que, além de ser ínfimo, foi estabelecido em 2009, sem reajuste até agora. Ninguém pode ser contra a concessão de tão pouco a quem não tem nada. Afinal é tão somente um gasto que corresponde a 2% dos recursos arrecadados pelo governo federal. Ainda não é nada. Bem menos do que o governo concede a ricos empresários. Porém a realidade é que, enquanto o indivíduo não tiver um trabalho regular, recebendo, no mínimo, o salário mínimo, e não tiver o atendimento de suas necessidades básicas de cidadão, não dá para considerá-lo fora da faixa da miséria.

Assim, não há o que comemorar.

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22/02/2013