“Do anticapitalismo à corrupção partidária”, por Denis Lerrer Rosenfield
Denis Lerrer Rosenfield é professor de filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul
De O Globo – A corrupção desvendada no escritório da Presidência da República em São Paulo, no marco da operação Porto Seguro, comandada pela Polícia Federal, mostra em ação uma forma de corrupção que possui marcas distintivas, que não podem ser simplesmente equiparadas à corrupção dita patrimonialista do Estado brasileiro. O mesmo vale para justificativas de que o PT, no dizer de alguns dirigentes, caiu no erro de fazer o que todos os partidos fazem, como ocorreu no mensalão.
As tentativas de nivelar essas formas de corrupção, tudo reduzindo a um mesmo sistema, terminam por encobrir o que as diferencia, produzindo uma espécie de geleia geral. E essa geleia geral é extremamente perniciosa, pois a sua resultante é uma desresponsabilização dos atores envolvidos, indivíduos ou organização partidária.
No caso da Operação Porto Seguro, salta à vista o nível dos envolvidos: a) a chefe do escritório da Presidência, Rosemary Nóvoa de Noronha, que se apresentava como “namorada” do Ex-presidente Lula; b) os irmãos Paulo e Rubens Vieira, diretores um da ANA (Agência Nacional de Águas), o outro da ANAC (Agência Nacional da Aviação Civil); c) José Weber Holanda, Advogado-Geral Adjunto (AGU).
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