“Em busca de apoio, Dilma se converte à lógica do antecessor”, por Vera Magalhães

Acompanhe - 19/03/2013

* Análise de Vera Magalhães publicada na edição desta terça-feira (19) do jornal Folha de S.Paulo

Lula e Dilma Foto Roberto Stuckert FilhoAntônio de Melo, o Tonho, é primo do ex-presidente Lula e acha que ninguém se elege sem seu apoio. Seu irmão Gilberto, porém, fez uma ressalva ao repórter Daniel Carvalho, na Folha de domingo: “Estou achando a Dilma melhor que o Lula, tem mais pulso. Até tirar ministro ladrão, safado, tem feito mais”.

Direto de Caetés, agreste de Pernambuco, Gilberto elogia a característica da presidente Dilma Rousseff comumente apontada como uma das razões de seu sucesso no Sul-Sudeste, junto à classe média antes refratária ao PT: sua suposta baixa tolerância ao fisiologismo e à corrupção.

Acontece que, com a mexida ministerial que promoveu na semana passada, calculada apenas para contentar partidos que devem integrar a coalizão para sua reeleição, Dilma pode ter varrido para debaixo do tapete não mais a sujeira, mas o efeito positivo para sua imagem da “faxina” que teria promovido em 2011.

Arrisca-se, assim, a abrir mão de sua única marca distintiva em relação a Lula, responsável por sustentar seu alto índice de popularidade mesmo quando o PIB cresce a passos lentos e os projetos de infraestrutura patinam.

Leia a íntegra da análise da Folha de S.Paulo AQUI.

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19/03/2013