“Inflação coloca o governo em uma situação delicada”, editorial do Valor Econômico
Do Valor Econômico – O Banco Central perdeu a batalha das expectativas, e a essa altura será muito difícil que consiga evitar um aumento dos juros, mesmo contra sua vontade. A menos que o BC diga com clareza aonde pretende chegar, a coordenação das expectativas, que é função do sistema de metas e responsabilidade da autoridade monetária, se desfará. Quando a inflação, que havia deixado de ser um assunto urgente para vastas camadas da população, reaparece em programas populares, com o tomate como símbolo de preços em descontrole, algo mudou para pior.
O ativismo do governo prejudicou a comunicação do BC e afetou sua credibilidade. No afã de obter crescimento a qualquer custo, o governo repetiu a fórmula de mais incentivos à demanda, usada na crise de 2008, de forma piorada e com menor efeito. Os superávits primários caíram, no governo central e nos Estados, e desonerações tributárias corretas, mas envoltas em embalagens erradas – a de que serviriam de instrumento anti-inflacionário -, estimulam o consumo e tornam a atitude acomodatícia do BC insustentável.
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