“Ladeira abaixo”, por Luiz Garcia
De O Globo – A liberdade de imprensa exige proteção permanente. Pelo menos para quem acredita que ela é indispensável em regimes inteiramente democráticos. O advérbio é necessário: existem, mundo afora, regimes definidos como parcialmente democráticos, o que é igual a se dizer que uma mulher está parcialmente grávida.
Outro dia, o presidente do PT, Rui Falcão, fez uma denúncia espetacular: para ele, existe no Brasil uma forte oposição independente dos partidos políticos. Seria formada por setores do Ministério Público e da “mídia monopolizada” — expressão que merece aspas, uma vez que a existência de empresas mais fortes que outras não impede a proliferação de veículos de todos os tamanhos e de posições editoriais de todos os matizes.
A teoria conspiratória de Falcão chega ao extremo quando ele anuncia os supostos motivos da trama diabólica: jornalistas e promotores estariam unidos porque não se conformam com o fato de o Brasil ter sido governado por um presidente operário e, talvez pior ainda, sucedido por uma ex-guerrilheira — ambos ajudados por “setores da mídia monopolizada”.
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