“Não é mais comigo”, por Celso Ming
De O Estado de S. Paulo – A inflação subiu e está cada vez mais generalizada, mas o Banco Central adverte que pouco pode fazer para controlá-la. O problema não está no excesso de consumo, onde poderia atuar. Está, sim, na falta de oferta – ou seja, na paradeira do setor produtivo, que cabe ao governo reativar.
Essa é uma das mais importantes Atas do Copom editadas pelo Banco Central. Diverge do governo federal em importantes avaliações sobre os atuais problemas da economia.
Na linguagem sutil do Banco Central, a primeira discordância está no diagnóstico acima citado: os esforços para elevar a atividade econômica (avanço do PIB) não devem se concentrar no aumento do consumo, há meses suficientemente robusto; mas em criar condições na economia e em recuperar a confiança do investidor (do empresário), para que o País ganhe capacidade de produção. Está dito no parágrafo 26.
Outro desencontro de pontos de vista, também tricotado com sutileza na ata, está na cobrança que o Banco Central fez às autoridades da Fazenda. Aí é preciso mais explicação. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, tem recomendado que o governo gaste mais, para auxiliar na transformação do pibinho em pibão. Argumenta que a queda dos juros é, por si só, fator de redução da dívida pública e que, assim, pode dispensar o cumprimento de ao menos parte do superávit primário.
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