“Arco do Futuro, assim como o Trem-Bala, também foi pro espaço”, por Alberto Goldman

Acompanhe - 19/08/2013

Alberto Goldman Foto George Gianni PSDBVocês se lembram do “Arco do Futuro”, o projeto mais vistoso do então candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad? Eram imagens belíssimas na TV de um arco começando na Av. Cupecê, cortando a Zona Sul e chegando à marginal do Pinheiros, seguindo e incluindo a marginal do Tietê até encontrar a Jacu Pêssego, já na Zona Leste. Tudo isso com total mobilidade em todo o arco, com novas avenidas, conjuntos habitacionais e comerciais e, se não me falha a memória, com um sistema de transporte em trilhos ao longo do Tietê. Uma nova cidade.

O objetivo anunciado era criar novas áreas de adensamento habitacional e comercial com a finalidade de aproximar habitação e emprego. Lindo e, conforme alertamos, inexequível, não só porque não havia qualquer projeto consistente, mas porque não havia dinheiro ( seria muito ) para isso.

Mas o objetivo real – criar um impacto na propagando eleitoral da TV – foi conseguido, fez o candidato parecer uma coisa nova e moderna na política e ajudou-o a vencer as eleições.

Hoje a secretária municipal de Planejamento, Leda Paulani, informou que a meta que incluía obras de apoio viário ao longo da Marginal Tietê, um dos pilares do Arco do Futuro, foi excluída. Acabou o arco. Como o trem bala, também foi pro espaço. Ela disse:”são obras muitos caras” que foram pensadas para revitalizar o entorno do Rio Tietê e que “o governo não teria condição de fazer.”

Pois então não sabiam que eram obras muito caras? Não se tratava de algumas intervenções urbanas, apenas, mas de uma profunda mudança na cidade, absolutamente impensável.

Essa gente mente tanto que bem que merece o “fora Haddad”. Não farei nada para isso, mas que vai acontecer, vai.

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19/08/2013