“O Brasil em declínio e a preocupação dos trabalhadores”, por Atevaldo Leitão

Acompanhe - 15/07/2015

Artigo de Atevaldo Leitão, vereador em Diadema (SP) e coordenador nacional de políticas institucionais do Núcleo Sindical do PSDB

Atevaldo Leitao Foto DivulgacaoO Brasil está atravessando uma de suas piores crises institucionais dos últimos tempos. Raros são os setores da vida econômica do país que não estão demitindo trabalhadores.  O aumento vertiginoso do desemprego, que há um ano estava em torno de cinco por cento, agora está praticamente empatado com o índice de aceitação da presidente Dilma Roussef . Não se vislumbra de imediato uma saída do descalabro econômico que afunda o povo brasileiro numa onda de incerteza. Teremos que passar pelo menos dois anos de ajuste fiscal para voltarmos a uma situação de investimentos. Difícil de acreditar, mas é verdade: existe brasileiro investindo no exterior. Os empresários contam até dez antes de pensar em investir no país, uma vez que a economia está sendo seriamente atingida.

Nessas situações de dificuldade os assalariados, normalmente, são os primeiros a serem atingidos. Primeiro, em seu poder de compra, por conta da inflação que teima em botar as unhas de fora. A vulnerabilidade deles em tempos de crise é tamanha que, numa inflação anual de nove por cento, eles perdem um mês de trabalho. Portanto, ficam sem décimo terceiro.  O cenário é nebuloso e tem deixado muitos pais de família com as mãos na cabeça, temendo perder, a qualquer momento, o seu emprego. Os setores representativos da sociedade, através de seus líderes, não devem ficar de braços cruzados diante de um momento tão delicado como o que estamos atravessando. Faz-se necessária a mobilização popular no sentido de cobrar do governo federal uma postura firme e eficiente diante de tudo isso que está a incomodar a vida pública

O trabalhador não pode permanecer de braços cruzados em situação de instabilidade social como a que estamos atravessando. Ele deve se unir na base para se mobilizar por melhores condições de trabalho e de sobrevivência. Do jeito que está não dá para continuar. As principais instituições representativas da classe trabalhadora, a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), estão divididas. A primeira se posiciona contra o Governo Federal e a segunda, o defende. Nos estados, os sindicatos não estão mobilizados para defender o trabalhador frente a esta situação de instabilidade e de crise política profunda, sem se falar na onda de corrupção e nos rumos desastrosos que a economia segue tomando. Então, é preciso que os partidos, fóruns qualificados de debates da sociedade, marquem posição em favor de quem trabalha e carrega este país nas costas.

É neste contexto nada animador que o PSDB desenvolve ações no sentido de formalizar e colocar em defesa dos trabalhadores brasileiros o Núcleo Sindical da agremiação. A ideia envolvente e contagiante está mobilizando líderes sindicais nos mais diversos pontos da Nação.

Os dirigentes do Núcleo Sindical do PSDB terão como missão a realização de um trabalho de conscientização e mobilização da classe trabalhadora no que diz respeito aos seus direitos, conquistas e perspectivas de futuro. O tucanato fortalece, através desse núcleo, o seu relacionamento com os representantes das mais diferentes categorias trabalhistas. Dessa forma, marca posição diante da situação calamitosa em que estão afundando o povo brasileiro, já tão cansado do jogo mole de seus representantes. Os tucanos de bico vermelho percorrerão todas as regiões levando uma proposta de mobilização com o objetivo de despertar no trabalhador a necessidade de sairmos dessa onda de conforto, nada confortável, e refletirmos sobre onde estamos e para onde estamos sendo levados.

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15/07/2015