“O combate de Macron pela França”, por José Aníbal

Artigos - 09/05/2017

Publicado no jornal O Globo – 09/05/2017

A audaciosa marcha de Emmanuel Macron começa agora. Governar a França é tarefa dura e imensa, como definiu o próprio presidente eleito, ao discursar à multidão reunida no Louvre. Ele e o mundo sabem que seu sucesso será uma forte barreira — assim como um eventual fracasso servirá de combustível — aos ímpetos populistas do extremismo mundo afora, à direita ou à esquerda.

Macron dispõe de um instrumento poderoso: falar a verdade. O mais jovem presidente francês não se rende ao proselitismo, diz às claras o que pode e vai fazer para recuperar empregos, combater o terrorismo e reforçar uma Europa unida, democrática e soberana. Daí vem sua força e jovialidade, mais do que de seus 39 anos.

No discurso da vitória, Macron reconheceu ter sido apoiado até pelos que desconhecem suas propostas, mas sabem a catástrofe que seria eleger Marine Le Pen. Por isso, afirmou que vai fazer tudo para que ninguém mais tenha motivos para votar nos extremismos.

Esse “tudo” pode ser conhecido no livro que publicou em dezembro passado, “Révolution”. Lá está o pensamento de quem compreende a crise de confiança sentida em diversos cantos do planeta — Brasil incluído. A fadiga democrática, escreve Macron, decorre de um desejo profundo de política e engajamento da cidadania que não suporta mais o que se convencionou chamar de “sistema”, associado à ineficácia da ação política.

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09/05/2017