“O prejuízo histórico da Petrobras”, por João Caramez
Enquanto a presidente Dilma Rousseff se preocupa em proteger o seu criador, Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobrás agoniza graças ao desgoverno do PT. Nesta semana, a empresa anunciou o rombo de R$ 34,8 bilhões em 2015. Foi o maior prejuízo anual já apresentado pela estatal fundada em 3 de outubro de 1953.
O rombo recorde surpreendeu analistas que esperavam um sinal mesmo que discreto de recuperação. Esse grande prejuízo assusta e acaba frustrando expectativas. A Petrobrás é hoje a segunda empresa de capital aberto mais endividada da América Latina. Essa é uma marca da administração petista que confirmou sua inoperância e conseguiu implodir esse patrimônio brasileiro.
Carregando uma dívida colossal decorrente dos grandes gastos com projetos e o pré-sal, a imagem da estatal está prejudicada em decorrência da incompetência dos gestores e da corrupção investigada pela Polícia Federal na operação Lava Jato.
Para a empresa que passa pela pior situação nestas seis décadas de existência – perdeu o selo de bom pagador pelas agências de classificação de risco – resta apenas a implantação de ações efetivas para recuperar a imagem construída ao longo de sua história. O retorno acontecerá a medida que a estatal conseguir vender ativos. A empresa precisa caminhar com firmeza para passar segurança e recuperação ao mercado.
A situação é grave. Especialistas dizem que mesmo com a adoção de medidas eficazes para salvar esse patrimônio nacional, a Petrobras enfrentará um horizonte bastante difícil nos próximos quatro ou cinco anos.
O mais grave é que falta ao Governo do PT competência para resolver o problema que criou. Como resgatar a credibilidade da estatal se o Governo Dilma Rousseff não tem sequer autonomia para adotar medidas para acabar com a crise nacional? O país enfrenta a paralisia da economia, a população está perdendo duas vezes mais o que conquistou em anos anteriores. Vive uma crise que afeta a todos e não há perspectivas de melhorias a curto prazo, ou seja, há um grande desafio, arrumar uma casa que está totalmente bagunçada, um verdadeiro trem desgovernado.
A verdade é que somente será capaz de devolver ao Brasil esse patrimônio de mais de 60 anos forte e com a eficiência que o tornou grandioso no passado os agentes que entenderem que a Petrobrás tem enorme potencial e precisa de uma gestão honesta, séria, competente e de boa-fé.
Além da honestidade e transparência, faz-se fundamentalmente necessário um governo que tenha credibilidade. Portanto, para que haja a retomada do crescimento imediato da Petrobrás e do Brasil impeachment já!
João Caramez é subsecretário de Assuntos Parlamentares do Governo do Estado de São Paulo