“O PT de ontem e o PT de hoje. Agora chega!”, por Alberto Goldman
É fantástica a evolução (ou involução) do petismo nesses últimos 10 anos. O PT, em toda a sua história antes de assumir o poder federal, foi useiro e vezeiro da tática de apoiar toda e qualquer reivindicação de qualquer segmento dos trabalhadores, fossem eles de setores privados ou públicos, ou fossem eles de setores essenciais ou não à vida das pessoas.
Artigo do vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman
É fantástica a evolução (ou involução) do petismo nesses últimos 10 anos. O PT, em toda a sua história antes de assumir o poder federal, foi useiro e vezeiro da tática de apoiar toda e qualquer reivindicação de qualquer segmento dos trabalhadores, fossem eles de setores privados ou públicos, ou fossem eles de setores essenciais ou não à vida das pessoas. Vimos, exaustivamente, o PT apoiar paralisações de policiais, de servidores da saúde, de professores, de funcionários dos tribunais, de trabalhadores dos serviços de transporte coletivo, do metrô, dos serviços de água e esgoto, de bombeiros, dos portos, e uma infinidade mais. Sempre que havia a oportunidade o PT se mostrava pronto a apoiar, coordenar, incentivar essas manifestações, quaisquer que fossem as reivindicações, mais ou menos justas, independentemente dos problemas que eram criados para a população.
Esse era o PT, que já morreu, quando se trata das relações de trabalhadores com o governo federal comandado pelo partido. Uma das figuras, hoje de proa no petismo, é o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, outrora o carregador de mala do ex ministro José Dirceu, que fazia a “ponte” entre ele e a prefeitura de Santo André, mas sempre uma figura importante no seu partido. Ele é, agora, o intermediário entre os movimentos sindicais e sociais do país e o governo federal e nessa qualidade passou a monitorar esses movimentos, através da ABIN ( Agência Brasileira de Inteligência ), para saber o que os trabalhadores pretendem fazer quando existe um conflito de interesses entre eles e o governo.
É o caso do atual confronto entre os portuários e o governo federal a respeito da Medida Provisória em que se pretende modernizar as relações na área portuária entre patrões e empregados. Gilberto diz: “Porto é uma coisa que não pode parar. Então era mais do que legítimo que a ABIN passasse para nós as informações dos riscos….paralisar o porto…e a repercussão disso na economia, qual é?” Assim o PT vai além dos governos mais conservadores do mundo.
Ora e qual era a repercussão na economia das paralisações que o PT incentivava? Aliás, ainda incentiva, nos Estados em que os governos não são seus. E a repercussão social da paralisação de policiais, médicos, professores e outras dezenas de categorias que afetavam a vida e a segurança da população?
O PT no governo é um, fora dele é outro. O que o baliza nunca é o interesse público, é a busca do poder. E o poder para que? Para mudar uma cultura? Para mudar os costumes? Para realizar reformas e transformações que possam apontar para um futuro melhor? Nada disso! Apenas para usufruir do poder de mando e de obtenção de vantagens pessoais. O PT de hoje não é sequer uma sombra do que era e uma lembrança do que se propunha ser.
Já tiveram a sua experiência. Já fizeram os males que poderiam fazer ao país. Já aprenderam alguma coisa. Agora chega!