“A palavra de ordem é: Gestão”, por Lucas Batista Pinheiro

Acompanhe - 02/10/2013

Lucas Batista Pinheiro é especializado em Fé e Doutrina Católica e morou por dois anos no Vaticano

Por que tanto falar em gestão? Por que não falar em assistencialismo? Distribuição de renda? Reforma Agrária? Porque gestão?

Gestão é a capacidade do Estado de gerenciar seu próprio aparelho, de administrar a si próprio para gerar bons resultados para o todo. Tendo uma boa gestão, todos os cidadãos serão beneficiados. E todas as necessidades serão contempladas. O bom gestor é aquele que consegue equilibrar receitas e despesas. A regra é básica e vale para todos: dinheiro não nasce em árvore.  Por isso devem-se definir quais são as prioridades de investimento do Estado.

A receita do Estado é proveniente de arrecadações de taxas, impostos e contribuições e as despesas de pagamento de pessoal e aquisição de materiais de consumo etc. O que sobra dessa equação é o que o estado investe em setores estratégicos e necessários como saúde, educação, segurança, transporte, logística, agropecuária etc.

A questão é: quanto mais o estado gasta com ele mesmo, menos ele gasta com o que realmente deve gastar. E é aí que entram todos os brasileiros. Em um estado inchado é mais difícil produzir riquezas, o que é parte das explicações para  PIB baixo e inflação alta, pois ao mesmo passo que os impostos são altos (limitando a capacidade produtiva), o retorno desses impostos é baixo (serviços de baixa qualidade), pois o Estado gasta os recursos com o próprio Estado.

Políticas públicas de qualidade requerem recursos suficientes. Atualmente no governo do PT, vemos o contrário. Vemos uma política redistributiva em que o Governo Federal escolhe a quem vai beneficiar, beneficiando municípios de partidos aliados e desprezando municípios que são governados por partidos oposicionistas, privilegia certa região em detrimento do todo. Isso não é só um equívoco moral, bem como de gestão pois os benefícios que seriam gerados por aquela política pública naquela região desprezada poderiam gerar riqueza e assim levar um maior take off à região.

Sem contar os 39 ministérios, sendo que mais da metade são infrutíferos, e os milhares e milhares de cargos comissionados-eleitorais na aba do Planalto, onerando demasiadamente o Estado e impedindo o investimento em setores que agonizam como por exemplo a mobilidade urbana. Por mais que transporte público seja competência municipal, é necessário um plano em ordem federal para melhorar a situação.

A política é a condução da Res Publica e a Gestão é o gerenciamento da Res Publica. Em um governo competente e responsável a política não vive sem a gestão e vice-versa. Felizmente esse ciclo de incompetência do PT está se encerrando.

O PSDB é o partido que introduziu no vocabulário da política brasileira a necessidade da eficiência do Estado e de uma Gestão Pública de verdade.

Analista de Administração Pública e Secretário de Ação Social da JPSDB-DF

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02/10/2013