“Paraná do futuro”, por Henrique Ribeiro do Vale

Acompanhe - 23/11/2015

unnamed-25Foram divulgados pelo IBGE e pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) três importantes dados sobre a nossa situação econômica em 2013. O primeiro e mais simbólico deles foi que o Estado do Paraná ultrapassou o Rio Grande do Sul e tornou-se a quarta maior economia do Brasil, com um PIB de R$ 332 bilhões. Não é pouca coisa. Junto de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, nossos vizinhos gaúchos dominaram a vida política brasileira por muitos anos, dando fim à República do Café com Leite e contando com figuras nacionais como – além de Getúlio Vargas – João Goulart e Leonel Brizola.

Desde a sua independência de São Paulo em 1853, a antiga Quinta Comarca de Curitiba e Paranaguá, ficou relegada por anos à posição de patinho feio da federação. Diante da baixa representatividade econômica, nunca elegeu Presidente da República, da Câmara ou do Senado. Os ciclos ervateiros e da madeira, apesar de fundamentais, não alçaram o Paraná à condição de protagonista.

Este cenário teve sua primeira inflexão nos anos de Manoel Ribas, Bento Munhoz e de Ney Braga, período de amplo planejamento e renovação das elites políticas, caracterizado pelo nacional-desenvolvimentismo que legou empresas como a Celepar, a Cohapar, a Sanepar e a aparição efetiva da Copel. Foi neste período em que alçamos a posição de quinta maior economia do país, em 1949.

Sucessivamente, não se pode deixar de lembrar das administrações de Jayme Canet e Alvaro Dias para o desenvolvimento da infraestrutura paranaense, e de José Richa no desenvolvimento social, assim como os primeiros anos de Jaime Lerner que renovaram o parque industrial paranaense.

Os dois outros dados divulgados complementam a avaliação deste avanço. O PIB per capita do Paraná saltou duas posições e hoje encontra-se em sexto lugar entre as unidades da federação, no valor aproximado de R$30.000,00, muito próximo do quinto e quarto lugares, Espirito Santo e Santa Catarina.

Se o PIB e suas variáveis têm um peso simbólico, o último dado é sem dúvidas aquele que melhor expressa a qualidade do desenvolvimento econômico alcançado. Trata-se do Índice de Gini, onde o Paraná reduziu sua desigualdade ao patamar de 0,469 e, de acordo com o Presidente do Ipardes, Julio Suzuki Júnior, este valor nos coloca como segundo estado menos desigual do Brasil, somente atrás de Santa Catarina.

Riqueza não vem do acaso. Compreendido que a titularidade das conquistas cabe antes ao povo que aos governos e respeitados os avanços que cada um deles conduziu, é inegável que a administração Beto Richa vem fazendo sua parte no desenvolvimento estrutural do Estado do Paraná. Mesmo diante da grave crise que assola o Brasil, verificada na insolvência de muitos estados da federação, o avanço do PIB paranaense torna claro o cumprimento dos propósitos elencados por este governo desde sua campanha em 2010: desenvolver o estado do Paraná para alavancar seu povo a um novo patamar de qualidade de vida.

O título de quarta economia brasileira evidencia os desafios que o Paraná terá pela frente. Internamente devemos verticalizar a produção e agregar valor ao que é feito aqui, além de levar crescimento e emprego para as áreas mais marginalizadas do nosso estado. Mas, principalmente, avançar sem esquecer que o desenvolvimento deve ter como fim a promoção universal dos direitos sociais preconizados pela Constituição. São desafios que certamente envolverão a visão e o comprometimento das futuras gerações, que devem se preparar para dar os próximos passos.

*Henrique Ribeiro do Vale é presidente da Juventude do PSDB-PR

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23/11/2015