“PSDB: cooptação ou convicção”, por Marcus Pestana
“Nossas referências não são Gustavos e Wellingtons, são Mário Covas, Franco Montoro, José Richa, Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Tancredo Neves”, diz tucano

O debate livre e aberto é elemento central na democracia. Longe do sectarismo e de preconceitos, é possível construir consensos progressivos a partir de posições diametralmente opostas. Foi com certa surpresa que recebi o agressivo artigo do grande sociólogo e articulista Demétrio Magnoli, no GLOBO de 24 de agosto. Na verdade, o artigo simula um diálogo a partir de uma ótica unilateral e preconceituosa. Não tive a chance de responder às perguntas a mim dirigidas.
O viés que contamina o artigo se encontra em frases do tipo “a frase melíflua de Pestana”, “Marcus Pestana, um dos capitães da facção de Aécio Neves”, “Que tal, Pestana, retornar ao ninho quente do PMDB?”. Sou leitor cativo de Demétrio, que foi um dos poucos intelectuais que escapou do apagão de ideias na era de hegemonia petista. E pela admiração e respeito que tenho é que dedico a melhor forma de elogio: a crítica. O articulista tenta me desqualificar como porta- voz de uma facção. Infelizmente tenho o péssimo hábito de ter ideias e atitudes próprias.
E traça um perfil como se eu fosse um tradicional político carreirista, fisiológico e clientelista. Demétrio não deve se lembrar de que nascemos no mesmo berço: o movimento estudantil. Ele, como líder da famosa “Libelu”, quando sua militância era iluminada pelo trotskismo posadista; e eu patinando na ortodoxia marxista-lenista como presidente do DCE/UFJF.
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* Deputado federal pelo PSDB-MG. Artigo publicado no jornal O Globo nesta quarta-feira (6)