“Revolução em Ortigueira”, por Ademar Traiano
O governador assinou com a maior produtora de papel e celulose do Brasil dois protocolos que vão garantir a criação de mais 8,5 mil empregos
Artigo do deputado estadual pelo Paraná, Ademar Traiano
Ortigueira, município paranaense da região central do Paraná, apresenta hoje os mais baixos índices de Índice de Desenvolvimento Humano do Estado. Mas a cidade está prestes a viver uma revolução. Uma revolução benigna, daquelas que aumentam a renda, a liberdade, o direito de ir e vir, o bem-estar e o poder aquisitivo das pessoas.
O governador Beto Richa assinou com a Klabin – a maior produtora de papel e celulose do Brasil – dois protocolos que vão garantir R$ 7 bilhões de investimentos e a criação de mais 8,5 mil empregos.
O empreendimento é o maior da história do Paraná, vai implantar na cidade uma nova unidade de produção de celulose. Pelo acordo, 12 municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) vão repartir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A fábrica da Klabin vai produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano e essa produção respeitará os mais modernos e exigentes requisitos de respeito ambiental. Essa conquista foi obtida com uma combinação de trabalho duro e uma radical melhoria da segurança jurídica e do ambiente para negócios no Paraná.
Também foi decisivo para a conquista dessa nova indústria, um agressivo programa de atração investimentos – o Paraná Competitivo – que já trouxe R$ 20 bilhões em investimentos para o Estado. O programa, que é comandando pessoalmente pelo governador, já atraiu 120 empresas para o Paraná que garantiram a geração de 136 mil empregos diretos.
A atração de investimentos foi, desde o início, combinada com uma política destinada a estimular a descentralização da indústria, de forma se obter um crescimento econômico mais equilibrado, evitando a manutenção de bolsões de atraso e de indicadores econômicos e sociais baixos em meio à prosperidade.
O novo empreendimento irá gerar R$ 500 milhões de impostos na fase de investimentos e R$ 300 milhões ao ano quando a fábrica estiver em operação. Convênio assinado no início do ano define que ICMS proveniente das operações da nova fábrica de celulose seja dividido entre doze municípios dos Campos Gerais e Norte Pioneiro.
Ortigueira, sede da indústria ficará com 50% do tributo e os 50% restantes serão partilhados entre todos os municípios fornecedores de matéria prima. São eles: Cândido de Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania. Ou seja, a revolução de Ortigueira vai se espalhar.
Pelo acordo firmado com o governo do Estado, a Klabin se compromete a investir na preservação do meio ambiente, em conformidade com as legislações municipal, estadual e federal; a concentrar suas exportações e importações necessárias ao empreendimento e suas exportações nos portos e aeroportos paranaenses, com desembaraço aduaneiro no Estado.
Além de beneficiar o município sede da nova indústria, os municípios vizinhos da revolução econômica que está iniciando em Ortigueira vai estender seus benefícios a todo o Paraná.
Os resultados dessa estratégia de política industrial aparecem nos indicadores econômicos do Estado. O Paraná teve crescimento de 5,4% na produção industrial em março, na comparação com fevereiro, e liderou a expansão da média nacional, que registrou expansão de 0,7%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados na semana passada.
Em contrapartida, o governo federal, que anda sem rumo, perdido em uma nefasta combinação de incompetência, com surtos de voluntarismo que acometem a presidente e seus auxiliares, colhe uma sucessão de resultados negativos.
Trabalhando em silêncio, sem fanfarras ou efeitos especiais, o governo do Paraná vem obtendo resultados consistentes. Realizações que vão produzir mudanças positivas e de longo prazo.