“São Paulo de Alckmin dá lição ao Brasil”, por João Caramez
Disse o filósofo grego Aristóteles (388-322 a. C.): “o verdadeiro sábio procura a ausência de dor, e não o prazer”. Este pensamento de um tempo bem distante hoje norteia os que em meio a realidade econômica incerta do Brasil investem em medidas responsáveis para manter o desenvolvimento do estado. É assim em São Paulo que administrado pelo governador Geraldo Alckmin adotou ações eficazes para combater a crise nacional.
Na contramão da derrocada do país afetado pelo cenário atual, São Paulo se sobressai com a esperada capacidade e competência de um estado bem governado. É uma exceção num Brasil que foi empurrado ladeira abaixo pelo desgoverno da presidente Dilma Rousseff e tem agora uma Nação que sente falta de um gestor eficiente e estados e municípios que ficaram à deriva, muitos mergulhados numa crise sem fim.
Como um bom médico, que de fato é, Geraldo Alckmin comanda o estado mais populoso do Brasil – a terceira unidade política mais populosa da América do Sul, pouco menor do que a da Colômbia e maior do que a da Argentina.
O governador sabe da importância de seu trabalho para o país e, em especial, para os brasileiros que residem nas cidades paulistas. Ainda quando a crise econômica nacional teve início, em janeiro do ano passado, ele praticou ações que permitiram economia de R$ 640 milhões em despesas com custeio.
Além de corte de custeio e repactuação de contratos, neste novo ano Alckmin também trabalha para garantir receitas extras com a aprovação da PEC dos Precatórios, Programa de Concessões, definição do novo Programa de Ajuste Fiscal (PAF) pelo governo federal, ressarcimento dos planos de saúde, combate à sonegação no Estado de São Paulo e liberação de recursos de fundos federais.
Neste 2016, o Governo do Estado de São Paulo vai manter ações e avançar no corte de gastos não essenciais e ampliação de receitas. Parece uma lição fácil de se cumprir, mas não é, pois precisa de muito empenho e dedicação do gestor público diante da perspectiva de retração econômica que pode permanecer durante o ano, com expectativa de PIB negativo e queda de arrecadação.
São Paulo serve de lição a tantos outros estados que enfrentam dificuldades em virtude da má administração da União e falta de ingerência dos governos locais. O Rio de Janeiro encara uma crise inestimável na área da saúde. O governador Luiz Fernando Pezão repassou à Prefeitura do Rio a gestão de dois hospitais estaduais: Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande. A grave situação financeira do Estado é atribuída principalmente à queda na arrecadação de ICMS e de royalties do petróleo.
No Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori parcelou o salário de todo o funcionalismo público estadual, porque o Estado está em situação financeira emergencial. Em Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel atrasou o pagamento do salário de dezembro dos servidores públicos. Como ele não sabe como pagará os dos primeiros três meses deste novo ano, há perspectiva de mais atrasos ou parcelamentos no estado mineiro.
Como este cenário de incertezas econômicas do Brasil deve se prolongar em 2016, é bom que os governadores sigam o exemplo de Geraldo Alckmin para superarem a crise nacional. Uma gestão de filosofia aristotélica – observação fiel da natureza, rigor no método e unidade do conjunto – faz toda a diferença.
* João Caramez é presidente do Diretório Municipal do PSDB de Itapevi