“Sobre virtudes e adversidades”, por José Aníbal

Publicado no blog do Noblat – 07/06/2017
Um dos princípios elementares da política – na verdade, da vida como um todo – é que as virtudes se sobressaem diante das adversidades. Quanto maior os obstáculos, mais a inteligência, a perspectiva e a consequência das escolhas se fazem necessárias.
Responsabilidade e racionalidade diante de uma crise complexa como a que o Brasil vive são as qualidades exigidas, mais do que o açodamento, e não significam tibieza ou conivência com o que está errado. Trata-se de decisão difícil e nem sempre bem compreendida, mas é seguramente uma posição clara, consistente e coerente.
Nos últimos três anos, a sociedade foi exposta à dura realidade política e econômica dissimulada pelos que se apegaram ao poder a qualquer preço e fizeram o diabo para lá permanecerem.
Deixaram como rastro uma queda no consumo equivalente a tudo o que o Peru consome num ano, um contingente de 14 milhões de desempregados e a desmoralização de um sistema político-partidário que precisa ser reconstruído para não se colocar o próprio funcionamento das instituições democráticas em risco.
É inegável que nosso regime republicano não está saudável como gostaríamos. Há três caminhos para tratá-lo: confiar nas ilusões de algum falso curandeiro; tomar o primeiro remédio que encontrar e se contentar com o efeito paliativo; ou procurar o diagnóstico mais preciso e prescrever o tratamento mais adequado. Em qual mãos você confiaria o futuro de um ente querido? E o futuro do Brasil?
Clique aqui para ler a íntegra do artigo no Blog do Noblat pelo jornal O Globo.