“Temporal no horizonte”, artigo do senador Ruben Figueiró

Acompanhe - 14/02/2013

* Artigo do senador Ruben Figueiró (PSDB-MS)

Ruben figueiro foto DivulgacaoAs recentes declarações do presidente do Banco Central, da presidente da Petrobras, ambas contraditadas pelo ministro da Fazenda, todas divulgadas pela mídia nacional no decorrer da semana passada, às vésperas dos festejos momísticos, provocaram perplexidade em amplos setores da opinião pública. Jogaram um balde de água fria não só para os carnavalescos, mas igualmente aos que preferiram os momentos de descanso e da meditação.

Realmente, aquelas declarações de assustar aqueles que acreditavam que a situação econômica do País era aquela proclamada pelo ex-presidente Lula, o qual, tal como um leiloeiro do otimismo, vendia as maravilhas de seu governo, desconsiderando-a dos demais como “uma herança maldita”. Agora, face a uma realidade nua e crua, nada obstante o esforço da atual presidente na tentativa reconhecida por todas de tapar o buraco negro na economia, essa sim, uma herança maquiavélica, exposta que está à luz solar.

Na era propriamente do ex-presidente, com seus maneirismos e voz rofenha, e ainda sob o impulso da criteriosa política de recuperação das finanças nacionais embasadas pelo venturoso e efetivo Plano Real – que jamais poderá ser olvidado pelo alcance econômico que proporcionou aos brasileiros – lançou-se uma voraz ação e andar antropofágico de gastança prodigas cujos resultados para os cofres públicos já estão à mostra.

Claro que aqueles dispêndios focalizados para a área social foram necessários e são saudados como política resgatadora de uma dívida com a cidadania, mas isso não poderá continuar a ser feito com a retração brutal nos investimentos, como vem ocorrendo . No restante, os brasileiros que pagaram para ver, desolados estão vendo e os mais radicais fecham os olhos…

Os jornais noticiam: o emprego na indústria recuou 1,4% em 2012, os salários tiveram uma queda de 2,3% o mercado de valores, termômetro que mede os humores dos investidores, está confuso diante da desorientação das autoridades de nossas finanças. A dívida da Petrobras, alertada com franqueza pela sua presidente, atitude inabitual pelos seus antecessores que, para agradar à presidência da República atendia tantas vezes absurdos pedidos de socorro ao caixa do governo ou as suas políticas vilipendiosas, isto com sacrifício às atividades vitais e estratégicas da própria empresa. E a ameaça do dragão famélico com a ameaça horripilante de atingir e ultrapassar as previsões do Banco Central de 6,5% do índice inflacionário!

O rosário de problemas que está a desafiar o governo federal está dedilhando por aí afora, muito além de seus “cinco mistérios”. Por tudo que se vê, ouve, e deles se medita, há não muito distante, até onde nossa vista alcança, nuvens cumulas nimbus densas prestes a desabar, trazendo com elas fortes ventos, turbulências de raios e trovões como consequência. A realidade clama por precaução e mais eficiência.

X
14/02/2013