Às vésperas das Olimpíadas, Dilma dificulta importação de equipamentos para atletas brasileiros
Nem a proximidade dos Jogos Olímpicos no Brasil fez com que a presidente Dilma Rousseff renovasse a isenção fiscal para a importação de equipamentos esportivos que não têm produção nacional. Válido desde 2002 e renovado em 2012 até o fim de 2015, o mecanismo reduzia à metade o custo de importação de produtos essenciais para os atletas. O veto – publicado na edição da última segunda-feira (4) do Diário Oficial da União – acendeu a luz amarela no esporte brasileiro.
De acordo com matéria do jornal O Estado de S.Paulo, o fim da isenção afeta diretamente as modalidades que não têm a produção nacional de equipamentos, como ciclismo, esgrima, remo, vela e paralímpicos. A medida em vigor até o ano passado garantiu a compra de aparelhos para o campeão olímpico Arthur Zanetti, a Ginástica Olímpica, e dos barcos da equipe de vela.
A justificativa do Ministério da Fazenda é de que não há previsão orçamentária. O ex-atleta de vela com duas medalhas olímpicas de bronze Lars Grael afirma que o veto da presidente Dilma demonstra ser verdadeira a preocupação de que o esporte no país possa cair em depressão após as Olimpíadas. “O impacto que gera no balanço do governo é ínfimo, mas o impacto no esporte é muito grande”, criticou o ex-atleta ao Estadão, que também é presidente da Comissão Nacional de Atletas.